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    OPAS: “Mesmo com transmissão baixa, festas podem causar nova onda de Covid-19”

    Em entrevista à CNN, o diretor-assistente da OPAS, Jarbas Barbosa, esclareceu a recomendação da OMS para o cancelamento das festas de Réveillon no mundo todo

    Luana FranzãoLayane Serranoda CNN , São Paulo

    A nova variante da Covid-19, Ômicron, tem causado um aumento de medidas de prevenção e restrições em todo o mundo. Por esse motivo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou nesta semana aos países que cancelassem festas públicas de Ano-Novo.

    Algumas das maiores cidades do mundo, como Londres e Paris, já seguiram o conselho e cancelaram seus eventos. No Brasil, capitais como São Paulo, Salvador e Belo Horizonte abriram mão das comemorações.

    O médico sanitarista e diretor-assistente da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa, considera a decisão acertada e afirma que cuidados com a prevenção do espalhamento da Covid-19 são essenciais no momento.

    “Qualquer aglomeração tem risco, e mesmo com a transmissão baixa, é importante lembrar que a pandemia não terminou”, disse em entrevista à CNN. “Eu acredito que essa recomendação vem no sentido de alertar aos países que precisamos ser cuidadosos e precavidos, e que festas podem, mesmo nos países onde a transmissão agora está baixa, ser um gatilho para que comece uma nova onda de transmissão”.

    Ele relembrou os casos dos Estados Unidos e da Europa, que há meses atrás viviam uma estabilidade nos casos e uma situação mais tranquila, que foi rompida, de acordo com o especialista, pela suspensão simultânea das restrições públicas e a chegada de variantes como a Delta e a Ômicron. “Muito provavelmente, a variante Ômicron vai se espalhar no mundo inteiro.”

    Para Barbosa, além da vacinação da maior parte da população possível, a testagem é uma precaução de extrema importância, para que as entidades de saúde nacionais sejam capazes de monitorar a verdadeira situação da transmissão no Brasil – já se sabe que a Ômicron se espalha de forma muito rápida, e pode fugir às estatísticas caso o acompanhamento não seja próximo. “Se a gente for esperar número de leitos de UTI ocupados, já perdemos várias semanas que poderíamos ter usado para detectar precocemente”, afirmou.

    As medidas mais eficazes permanecem as mesmas contra todas as variantes: vacinação, distanciamento social, uso de máscara e higiene. O médico sanitarista explicou que, apesar de as vacinas provavelmente perderem um pouco da eficácia frente às novas variantes, ainda são extremamente eficientes no combate à pandemia.

    “Vacinação é muito importante, mas ela sozinha não garante que não haja transmissão, tem que juntar com as medidas de saúde pública”, completou Jarbas Barbosa.

    *Sob supervisão

    Produzido por Layane Serrano

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