Rio e São Paulo têm os dez bairros com metro quadrado mais caro do país
Leblon, na zona sul do Rio, tem o valor mais alto, seguido pela Vila Nova Conceição, em São Paulo, ambos com metro quadrado acima de R$ 20 mil
As cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo concentram os dez bairros mais caros para se comprar um imóvel no país. Cada uma das cidades tem cinco dos locais com o metro quadrado mais caro, é o que aponta levantamento da DataZAP+, empresa de inteligência imobiliária do grupo Zap, com dados de outubro de 2021.
O bairro com o metro quadrado mais caro do Brasil é o Leblon: R$ 21.612,19, seguido pela Vila Nova Conceição, em São Paulo, com R$ 20.569,77.
Segundo o economista Pedro Tenório, do DataZAP+, o mercado imobiliário teve o ápice em junho deste ano, quando o nível de concessão de crédito residencial para pessoa física atingiu um pico.
Desde então, há uma desaceleração do preço em decorrência da deterioração do cenário macroeconômico, “principalmente em virtude do aumento da Selic e da expectativa de incrementos adicionais nas taxas de juros de financiamentos imobiliários”, justificou.
No ranking dos bairros mais caros, no caso do Rio de Janeiro, aparecem ainda os bairros de Ipanema, Vidigal, Lagoa e Jardim Botânico. Já em São Paulo, também constam Jardim Paulistano, Cidade Jardim, Vila Olímpia e Ibirapuera.
Fora do eixo Rio-São Paulo
Quem ganha destaque e valorização imobiliária fora do eixo Rio-São Paulo é o bairro do Campeche, no sul da ilha de Florianópolis, em Santa Catarina. Atualmente, o bairro praiano tem o metro quadrado de R$13.083,35 para venda.
“Com a pandemia, localidades menos densas, de natureza próxima à infraestrutura urbana têm se valorizado. O fenômeno é comum em bairros nobres de capitais litorâneas e se encaixa no caso do Campeche, apesar do charme rústico do bairro”, destacou Tenório.
Alguns bairros tiveram uma valorização acentuada de janeiro deste ano para outubro. Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo, que hoje ocupa a sétima posição, anteriormente estava em 12º. Já o bairro do Jardim Botânico, na zona sul do Rio, era o 13º e hoje está na 10ª colocação.
Já o bairro de Cidade Jardim, na zona sul da capital de São Paulo, saiu da posição de metro quadrado mais caro do país, em janeiro, para ocupar a quinta colocação no último levantamento, tendo recuado 25,5% no preço do imóvel. Foi a variação mais negativa da lista. Passou de R$ 22.773,45 para R$ 16.955,21 o metro quadrado.
Conheça os edifícios mais sustentáveis do mundo, segundo a COP26
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As casas do projeto chamado Tacla, na Itália, podem ser construídas por impressoras em cerca de 200 horas, consumindo, em média, 6 kW de energia. É preciso apenas uma equipe de duas pessoas para colocar uma residência dessa de pé, e os resíduos podem ser quase totalmente eliminados • Fórum Econômico Mundial/Iago Corazza
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A Heart of School ajudou a facilitar o uso do bambu nas construções de Bali, na Indonésia. Além dos 400 alunos de ensino básico, a escola recebe arquitetos, designers, engenheiros, defensores do meio ambiente e entusiastas interessados em aprender a construir com bambu • Fórum Econômico Mundial/divulgação
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O prédio da Universidade de Ânglia Oriental, no Reino Unido, é construído com vigas de pinho de origem local, 70% do cimento foi substituído por um subproduto da indústria siderúrgica, reduzindo o carbono, e a mistura de concreto usa areia local reciclada • Fórum Econômico Mundial/Dennis Gilbert
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O Woodside Building, da Universidade de Monash, em Melbourne, Austrália, tem tecnologia para atingir carbono zero até 2030. A capacidade térmica dos vidros e a ventilação mecânica da construção são capazes de reduzir o uso de energia. Além disso, a reutilização da água e a produção de energia solar são outros pontos de destaque • Fórum Econômico Mundial/Michael Kai
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O Powerhouse, que fica em Trondheim, na Noruega, gera mais energia renovável durante sua fase operacional do que foi usado durante a fase de construção. O prédio também foi construído sem utilização de combustível fóssil (sem emissões diretas de carbono) • Fórum Econômico Mundial/Ivar Kvaal
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O Sara Cultural Center, na Suécia, é um dos edifícios de madeira mais altos do mundo e foi construído com material retirada de florestas geridas de forma sustentável, localizadas a 200 km do local, com a madeira sendo processada a 50 km do canteiro de obra, o que reduziu a necessidade de transporte e a emissão de gases ao longo de toda a cadeia • Fórum Econômico Mundial/Patrick Degerman
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A ecovila urbana do Instituto Favela da Paz, em São Paulo, conta com tecnologias caseiras como biodigestores, que transformam resíduos orgânicos em gás de cozinha, que é entregue à comunidade. O prédio também tem aquecimento solar de água e fornece água quente para quem não pode pagar por um chuveiro elétrico • Fórum Econômico Mundial/Instituto Favela da Paz
“Rio de Janeiro e São Paulo são as cidades que mais geram massa de renda e oportunidades, além de concentrarem uma estrutura complexa de comércio e serviços. A pandemia, no entanto, parece ter balançado o ranqueamento usual dos bairros de São Paulo”, avalia o economista do DataZAP+.
Tenório destaca ainda que uma porção dos bairros com metro quadrado mais caro estava diretamente associada à proximidade com centros comerciais de alta renda na cidade. “O home office em conjunto com maior importância dada ao contato com a natureza abriu espaço para essas movimentações”, disse.
Confira a lista dos 10 bairros mais caros do Brasil, por metro quadrado:
- 1º Leblon (RJ) – R$ 21.612,19
- 2º Vila Nova Conceição (SP) – R$ 20.569,77
- 3º Ipanema (RJ) – R$ 18.910,03
- 4º Jardim Paulistano (SP) – R$ 17.290,33
- 5º Cidade Jardim (SP) – R$ 16.955,21
- 6º Vidigal (RJ) – R$ 16.616,66
- 7º Vila Olímpia (SP) – R$ 16.517,19
- 8º Lagoa (RJ) – R$ 16.463,65
- 9º Ibirapuera (SP) – R$ 16.451,16
- 10º Jardim Botânico (RJ) – R$ 15.893,87