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    Filipinas lutam contra as consequências do tufão e número de mortos chega a 375

    Total de feridos após desastre no Sudeste Asiático passa de 500; pelo menos 50 pessoas ainda estão desaparecidas

    Karen LemaEnrico Dela Cruzda Reuters , em Manila

    Cerca de 375 pessoas foram mortas por um poderoso tufão nas Filipinas que destruiu casas, alagou cidades, cortou linhas de energia e comunicações e desabrigou centenas de milhares nas regiões Centro e Sul.

    Aviões militares e navios de guerra foram despachados nesta segunda-feira (20) para levar ajuda às áreas devastadas pelo tufão Rai, enquanto o país lutava com a mais forte das 15 tempestades que atingiu o arquipélago neste ano.

    “Ainda estamos avaliando os danos, mas são enormes”, disse o secretário de Defesa, Delfin Lorenzana, a repórteres na segunda-feira. “A primeira coisa que estamos fazendo é tratar da alimentação e água (suprimentos) e dos cuidados médicos dos feridos.”

    Lorenzana disse às forças armadas para entregar produtos de socorro usando todos os recursos disponíveis e enviar mais tropas, se necessário.

    O número de mortes relacionadas à tempestade aumentou durante o dia, à medida que os esforços de resgate continuavam nas áreas duramente atingidas.

    Desde o início da manhã, o número de mortos de Rai subiu para 375, disse a polícia em um relatório, tornando-o um dos tufões mais mortíferos que atingiu o país do Sudeste Asiático. O número de feridos subiu para 500, enquanto 56 pessoas permaneciam desaparecidas no momento da publicação desta reportagem.

    A contagem, que segundo a polícia foi sujeita a validação, superou em muito as 58 mortes registradas pela agência nacional de desastres, que disse ainda estar verificando relatórios das áreas afetadas.

    A maioria das mortes relatadas pela polícia ocorreu na região central de Visayas, lar de pontos de mergulho na província de Bohol, um dos destinos turísticos mais populares, e na região de Caraga, no nordeste de Mindanao.

    O governador da província, Arthur Yap, disse à CNN que temia que o número de mortos pudesse aumentar ainda mais, já que a falta de conexões de telefonia móvel dificultava a coleta de informações.

    Rai, que atingiu o continente como um tufão de categoria 5 na última quinta-feira (16), reviveu as memórias da devastação provocada em 2013 pelo tufão Haiyan, um dos mais poderosos ciclones tropicais já registrados, que matou 6.300 pessoas nas Filipinas.

    O fenômeno deixou um rasto de destruição nas províncias de Cebu, Leyte e Surigao del Norte, incluindo Siargao, popular entre os surfistas, e as Ilhas Dinagat.

    O presidente Rodrigo Duterte, que visitou áreas atingidas por tufões no fim de semana, prometeu fundos de cerca de 2 bilhões de pesos (US$ 40 milhões) para ajudar nos esforços de recuperação.

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