“Ação insensata” de “minoria irresponsável”, diz Pacheco sobre plano de golpe e prisão
Presidente do Congresso defendeu aprofundamento das investigações sobre o que ele classificou como “graves fatos”
O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou como “ação insensata encabeçada por uma minoria irresponsável” o plano de golpe de Estado que também previa a prisão de diversas autoridades, inclusive ele.
Pacheco ainda afirmou que cabe à Justiça continuar com as investigações para elucidar todo o caso.
“Ação insensata encabeçada por uma minoria irresponsável, que previa impor um Estado de exceção e prisão de autoridades democraticamente constituídas. Agora, cabe à Justiça o aprofundamento das investigações para a completa elucidação desses graves fatos”, diz nota de Pacheco divulgada nesta quinta-feira (8).
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a descrição pela Polícia Federal (PF) da reunião convocada e comandada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) em julho de 2022 revela o arranjo de dinâmica golpista no âmbito da alta cúpula do governo.
O ministro diz que todos os investigados que participaram da reunião tomaram parte no sentido de validar e amplificar a massiva desinformação e as narrativas fraudulentas sobre as eleições e a Justiça Eleitoral lançadas e reiteradas contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e contra ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Moraes sustenta que a potencialização do processo de propagação de desinformação para gerar descrédito contra o processo eleitoral brasileiro também contou com a participação de diversos outros investigados.
Ao todo, são 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares.
De acordo com as investigações, havia uma minuta de golpe de Estado que previa prender o ministro Gilmar Mendes, do STF, e o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco.
O ex-presidente Jair Bolsonaro teria ajustado a minuta apresentada a ele e retirado os pedidos de prisão de Gilmar Mendes e de Rodrigo Pacheco.
Até o momento, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não se manifestou sobre a operação da Polícia Federal desta quinta.