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    Explosões no Paquistão matam pelo menos 30 na véspera da eleição

    Ataques aconteceram perto de escritórios de candidatos eleitorais na província de Baluchistão

    Charlotte GreenfieldAsif Shahzadda Reuters

    Duas explosões perto de escritórios de candidatos eleitorais na província de Baluchistão, no sudoeste do Paquistão, mataram pelo menos 30 pessoas e feriram dezenas, disseram autoridades locais nesta quarta-feira (7), levantando preocupações sobre a segurança na véspera de uma eleição geral.

    O Paquistão vai às urnas na quinta-feira (8) em meio ao aumento dos ataques de militantes nos últimos meses e à prisão de Imran Khan, o vencedor da última eleição nacional, que tem dominado as manchetes apesar da crise econômica e de outros problemas que ameaçam o país.

    As autoridades disseram que estão reforçando a segurança nas cabines de votação.

    O primeiro ataque, que matou 14 pessoas, ocorreu no escritório de um candidato eleitoral independente no distrito de Pishin.

    A segunda explosão em Qilla Saifullah, uma cidade próxima à fronteira afegã, foi detonada perto de um escritório do Jamiat Ulema Islam (JUI), um partido religioso que já foi alvo de ataques militantes, de acordo com o ministro da informação da província.

    O vice-comissário de Qila Saifullah, Yasir Bazai, disse que 12 pessoas morreram na explosão, que partiu de uma moto estacionada perto do escritório, e 25 ficaram feridas.

    Não ficou imediatamente claro quem estava por trás dos ataques. Vários grupos, incluindo o Taliban paquistanês (TTP) e grupos separatistas do Baluchistão, se opõem ao Estado paquistanês e realizaram ataques nos últimos meses.

    Separadamente, um porta-voz do TTP reivindicou um ataque na segunda-feira (5) que matou 10 pessoas em uma delegacia de polícia no noroeste do Paquistão. Embora o TTP tenha afirmado que seu alvo é a polícia e os oficiais de segurança, e não os candidatos eleitorais, o ataque levantou preocupações sobre a segurança nas regiões fronteiriças do Paquistão, no momento em que o país vai às urnas.

    O hospital de Khanzai, próximo ao local da explosão em Pishin, na quarta-feira, calculou o número de mortos em 14 e disse que mais de duas dúzias de pessoas ficaram feridas. O vice-comissário do distrito de Pishin, Jumma Dad Khan, disse que a explosão havia ferido muitas pessoas.

    Os ataques ocorreram no momento em que os partidos políticos encerravam suas campanhas no período de silêncio exigido pelas regras eleitorais no dia anterior à eleição.

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