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    Congo sonha com final da Copa Africana 50 anos após último título

    Campeã em 1974, seleção congolesa encara a anfitriã Costa do Marfim nesta quarta (7)

    Mark Gleesonda Reuters

    A República Democrática do Congo tem a chance de confirmar um sucesso inesperado na Copa Africana de Nações nesta quarta-feira (7), quando enfrenta a anfitriã Costa do Marfim na semifinal, em Abidjan, 50 anos após o seu último título na competição.

    Os congoleses são participantes frequentes da competição, sendo esta a 19ª edição que disputam, mas há muito tempo o país não é considerado uma grande força do futebol africano, perdendo a posição de destaque que já ocupou após décadas de instabilidade política e declínio econômico.

    Quando ainda se chamava Zaire, o país levantou o título continental em 1974 e, no mesmo ano, foi para a Copa do Mundo na Alemanha Ocidental como único representante da África, mas não teve sucesso desde então e nem sequer se classificou para a última edição da Copa Africana em Camarões, há dois anos.

    Agora, porém, os congoleses têm uma oportunidade real de alcançar o sucesso, ainda que terão pela frente o país anfitrião nas semifinais.

    “Estamos nas semifinais e, claro, seria estúpido não acreditar que podemos seguir em frente e chegar à final”, disse o técnico Sebastien Desabre.

    “Mas vai ser difícil e o nosso adversário é uma equipe top. Teremos que ter um desempenho de alto nível, mas é óbvio que quando se está nas semifinais você quer chegar à final. E então, se você tiver a chance de ir à final, de vencê-la, tem que acreditar. Faremos de tudo para sair de campo sem arrependimentos.”

    A República Democrática do Congo chegou às quartas de final sem vencer um único jogo, mas conseguiu sua primeira vitória de forma convincente no jogo da última sexta-feira (2), em Abidjan, contra Guiné, vencendo por 3 a 1.

    https://twitter.com/TotalAFCON2023/status/1753707032069444046

    A equipe empatou as três partidas que realizou no grupo F, terminou em segundo lugar e eliminou o Egito nas oitavas, vencendo nos pênaltis após prorrogação e empate por 1 a 1.

    “Nossa primeira vitória [sobre a Guiné] veio na hora certa porque estamos ganhando impulso na competição. Podem dizer que só vencemos uma vez, mas há que se considerar que também não perdemos neste torneio”, acrescentou o técnico francês, que trabalha no continente há mais de uma década.

    O elenco da seleção congolesa é composto principalmente por jogadores nascidos na Europa, mas com pais congoleses, refletindo o que vem sendo a marca do futebol africano moderno, em que as seleções nacionais dão grande importância aos jogadores de clubes europeus.

    Reunir atletas de origens diferentes — há jogadores belgas, ingleses, franceses e suíços na equipe — tem sido o sucesso de Desabre.

    “O treinador trouxe algo especial ao envolver todo mundo. Todos estão lutando para ir o mais longe possível. Desde que chegou, ele nos incentivou a lutar como uma equipe”, disse o meio-campista congolês Joris Kayembe, criado na Bélgica.

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