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    ONU nomeia grupo para revisão externa independente de agência na Faixa de Gaza

    Ex-funcionários da UNRWA são acusados de estarem envolvidos com os ataques do Hamas de 7 de outubro

    Celina Teborda CNN

    O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, nomeou um grupo para conduzir uma revisão independente da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados da Palestina (UNRWA), a principal agência da ONU na Faixa de Gaza que fornece assistência humanitária aos palestinos.

    Essa análise terá início em 14 de fevereiro e será conduzida juntamente com uma investigação em curso pelo Gabinete de Serviços de Supervisão Interna da ONU (OIOS) sobre as acusações de Israel de que funcionários da UNRWA estiveram envolvidos nos ataques do Hamas em 7 de outubro.

    A ex-ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, irá liderar a revisão e trabalhará com três organizações de pesquisa: o Instituto Raoul Wallenberg na Suécia, o Instituto Michelsen na Noruega, e o Instituto Dinamarquês para os Direitos Humanos.

    O grupo irá “avaliar se a Agência está fazendo tudo o que está ao seu alcance para garantir a neutralidade e responder às alegações de violações graves quando estas forem feitas”, explicou o secretário-geral em comunicado, acrescentando que a cooperação israelense será crítica para o sucesso da investigação.

    A UNRWA despediu vários funcionários após as acusações, e o seu principal doador, os Estados Unidos, e um número crescente de países suspenderam o financiamento à organização, à medida que o desastre humanitário aumenta no território palestino sitiado.

    A agência alertou que “muito provavelmente” terá de suspender o seu trabalho de ajuda humanitária até ao final de fevereiro devido à pausa no financiamento e que isso irá agravar a crise em Gaza, assim como entre os refugiados palestinos que auxilia na região além de Gaza.

    O diplomata-chefe da União Europeia, Josep Borrell, disse no domingo (4) que retirar o financiamento da UNRWA “seria, ao mesmo tempo, desproporcional e perigoso”, acrescentando que “nenhuma outra” agência da ONU poderia substituí-la, já que a “infraestrutura, logística e pessoal” da organização são centrais a “toda a operação de ajuda dentro de Gaza”.

    *Amy Cassidy e Mostafa Salem, da CNN, contribuíram para esta reportagem

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