Argentina deve registrar nova alta de 25% na inflação em janeiro, diz porta-voz
Segundo ele, poder de compra dos argentinos está sofrendo e país ida com "momentos muito complicados"
A inflação da Argentina em janeiro pode ser semelhante à registrada em dezembro, disse o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira.
O país registrou uma inflação mensal de 25,5% em dezembro, levando o indicador a um aumento acumulado de 211,4% em 2023, o nível anual mais alto do mundo.
“Está claro que com uma inflação de 25% em dezembro, e veremos qual é o número, mas talvez com um número semelhante em janeiro, está claro que o poder de compra está sofrendo, está claro que estamos passando por momentos muito complicados na República Argentina”, disse Adorni.
O governo do ultralibertário Javier Milei está tentando implementar uma série de medidas econômicas em um projeto de lei abrangente conhecido como “lei ônibus” para colocar a economia de volta nos trilhos, o qual obteve aprovação geral no Congresso na sexta-feira.
Na terça-feira, os deputados começarão a votar cada artigo em particular.
“Para 2024, as projeções de inflação foram ajustadas para cima pelo sexto mês consecutivo, estabelecendo-se em 213,0%, antecipando uma aceleração significativa no primeiro semestre do ano que poderia exceder 350% na comparação interanual, embora uma desaceleração seja esperada para o segundo semestre do ano”, disse a IOL Invertironline.
A terceira maior economia da América Latina está passando por uma situação complexa com inflação alta, pressão de desvalorização do peso, baixas reservas no banco central, alto déficit fiscal e restrições cambiais em meio a um esquema de controle de capital devido à falta de moeda estrangeira.