Daniel Alves: relembre as diferentes versões apresentadas pelo jogador
Julgamento começa nesta segunda-feira (5)
O julgamento de Daniel Alves, acusado de estuprar uma mulher em uma boate de Barcelona, terá início nesta segunda-feira (5) em Barcelona. A expectativa é de que a audiência acabe somente na quarta-feira (7).
O jogador já apresentou cinco diferentes versões diferentes sobre o que aconteceu na noite de 30 de dezembro de 2022, seja de forma oficial para a Justiça ou não. Em todas, ele nega que tenha cometido algum crime.
Primeira declaração
Inicialmente, Daniel Alves veio a público e afirmou que não conhecia a vítima nem sabia quem ela era. Ele chegou a dar uma entrevista à emissora de televisão Antena 3 dizendo que jamais desrespeitaria o espaço de uma mulher e publicou um vídeo nas redes sociais em que afirmava não conhecer a moça.
Muda a versão e presta depoimento
Em janeiro de 2023, os portais da Espanha noticiaram que o brasileiro havia mudado a primeira versão e informou à Justiça que havia encontrado a mulher no banheiro, porém não teria feito nada, apenas ficado sem reação. Este teria sido o primeiro depoimento oficial do atleta.
Defesa apresenta nova declaração
A terceira versão não foi dita por Daniel Alves, foi apresentada, em fevereiro do ano passado, pela defesa, quando entrou com recurso pela liberdade do atleta. A declaração informava que teria havido relação sexual oral, mas consensual. Segundo o jornal El País, a mulher teria “se jogado” em direção a ele. Ele não teria feito nada para protegê-la.
Novo depoimento oficial
Em abril do ano passado, em novo depoimento oficial, o jogador confirmou ter tido relação sexual com penetração com a mulher e novamente afirmou ter sido consensual. Até então, o atleta era casado com a modelo Joana Sanz. Segundo Inés Guardiola, advogada de Daniel Alves, ela não pediu divórcio como chegou a ser veiculado pela imprensa.
Última versão oficial
A última versão do jogador também não foi dita por ele, mas apresentada pela advogada. Ela alega que o jogador estava embriagado e “não tinha plena consciência do que fazia”, o que ainda não havia sido declarado anteriormente. Daniel Alves deve usar essa última versão no julgamento, que deve acabar nesta quarta (7)
Defesa pede anulação do caso
Os advogados de defesa do lateral solicitaram, nesta segunda (5), a anulação de toda a investigação do caso. De acordo com a equipe, o brasileiro teve direitos violados, como a presunção de inocência e sofreu um “julgamento paralelo” por parte da imprensa.
De acordo com a advogada, Alves “foi vítima de uma investigação policial sem conhecimento do cidadão e sem a possibilidade de se defender”.
A defesa de Daniel Alves ainda afirmou que a juíza que determinou a prisão preventiva não aceitou que um segundo perito analisasse a vítima. E pede que se suspenda as provas atuais e que outras sejam feitas. Além disso, Guardiola aportou mais de 450 extratos em que “publicam informações vazadas parcialmente que levam a uma condenação”.
Ainda acrescentou que “a juíza de instrução foi contaminada pelos meios de comunicação e isso deve levar à nulidade do processo e à liberdade do acusado”. Ela afirma que Alves “só testemunhou duas vezes perante a juíza de instrução e não cinco”.
Veja todas as versões de Daniel Alves
- Não conhecia a vítima (afirmou à imprensa e em publicação nas redes sociais)
- Havia encontrado a vítima no banheiro, mas não fez nada (depoimento oficial)
- Houve sexo oral consensual por iniciativa da vítima (apresentada pela defesa)
- Houve sexo com penetração consensual (depoimento oficial)
- Estava sob efeito de bebida alcoólica (apresentada pela defesa)
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