Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Menino desaparecido na Barra: advogado deixa o caso Edson Davi

    Em pouco mais de um mês de desaparecimento, família continua acreditando que a criança foi vítima de sequestro; polícia suspeita de afogamento

    Isabelle Salemeda CNN , Em São Paulo

    O advogado Marcelo Shad, que representava a família do menino Edson Davi Almeida, de 6 anos, não está mais atuando no caso. Segundo o criminalista, a decisão foi tomada por ele no último domingo (5). O garoto está desaparecido há pouco mais de um mês.

    “Por motivos pessoais se fez necessário que eu não seja mais o advogado da família do Davi. Eu tomei a essa decisão depois de vários acontecimentos e isso me fez chegar a essa conclusão de que seria melhor me afastar do caso. Penso que fiz o que deveria ser feito, com todas as estratégias pensadas (…) nada foi por acaso”, explicou nas redes sociais. 

    Apesar de ter saído do caso, Shad afirma que espera que “todas as possibilidades sejam verificadas para que a família não tenha dúvidas do que aconteceu. Mesmo que o fim venha com uma resposta contrária aos anseios da família, como, por exemplo, comprovando-se cabalmente que houve um afogamento. Do contrário, essa mãe vai ficar o resto da vida procurando”. 

    Edson Davi sumiu na praia da Barra da Tijuca, na zona oeste da capital fluminense, na tarde do dia 4 de janeiro. Desde então, a família acredita que a criança foi vítima de sequestro. Por isso, todas as informações que chegaram até a polícia foram checadas. Foram pelo menos quatro denúncias de que o menino tenha sido visto em outros estados. Mas nenhuma foi à frente.   

    Além disso, a Polícia Civil não encontrou indícios de que a criança tenha deixado a areia pelo calçadão. Foram analisadas, por três vezes, 13 câmeras, em um perímetro de 2 km. São 60 horas de imagens e Davi não aparece saindo da praia. A principal linha de investigação segue como afogamento.  

    Em mais de um mês de buscas, o Corpo de Bombeiros ampliou a área de rastreio. Além de praias da zona oeste, também procuram por Davi no mar da zona sul da capital fluminense e de Itacoatiara, em Niterói, na região metropolitana.  

    No sábado, a mãe da criança fez uma live com o advogado Walisson Reis, em que ele afirma que haveria uma testemunha em Brasília para ser ouvida.

    Durante a transmissão ao vivo pelas redes sociais, Marize Araújo voltou a refutar a possibilidade de afogamento. Ela disse que tem esperança de encontrar o filho com vida.

    “Eu sei que meu filho foi levado por alguém e se eu tivesse esse apoio que eu estou tendo agora lá atrás, com certeza meu filho não teria passado por certo sofrimento que ele deve ter passado e nós da família com tanta dor que a gente tem passado até hoje”, disse.

    Marcelo Shad deixou o caso do desaparecimento do menino Edson Davi, que sumiu há pouco mais de um mês na praia da Barra da Tjuca, no Rio / Reprodução

    No domingo, familiares se reuniram para mais uma manifestação. A esperança deles é que alguém possa fornecer informações que levem ao menino. A espera por notícias tem promovido muito sofrimento à família.  

    “Muito sofrimento. No dia que você levou meu filho você acabou com a minha vida, acabou com a vida da minha família. Tem um irmão que espera pelo Davi para brincar, tem uma irmã que espera por ele, um pai, uma mãe que sofre. A gente não vive mais, a gente está definhando, a gente não come mais, não dorme mais, não tem mais paz para viver, não consegue trabalhar”, disse a mãe do menino. 

    Tópicos