Pacientes com variante Ômicron têm menos risco de internação, diz estudo
Segundo pesquisa feita na África do Sul, cepa original do coronavírus provoca mais hospitalizações
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Estudo realizado por pesquisadores da África do Sul revela que os pacientes contaminados com a variante Ômicron do coronavírus têm menos risco de hospitalização do que aqueles infectados com a cepa original do vírus. O trabalho, por outro lado, aponta que a vacina da Pfizer tem eficácia de somente 33% contra essa variante.
A pesquisa foi realizada pela empresa Discovery Health em parceria com o Conselho de Pesquisa da África do Sul. Os cientistas analisaram 211 mil resultados positivos de testes para o coronavírus, sendo que 41% eram de pessoas vacinadas com as duas doses do imunizante da Pfizer. A estimativa da empresa é de que 78 mil casos envolveram a variante Ômicron entre o dia 15 de novembro e a primeira semana de dezembro.
De acordo com os pesquisadores, o risco de hospitalização para quem foi contaminado pela variante Ômicron é 29% menor do que entre os pacientes infectados pelo vírus original. Por outro lado, entre as crianças, a probabilidade de internação é 20% maior.
Em relação à vacina, o estudo aponta que as duas doses do imunizante da Pfizer têm eficácia de 33% contra infecções pela variante Ômicron. Entretanto, se considerados somente os casos de complicações graves pela doença, a eficácia sobe para 70%.
“Os dados nacionais mostram um aumento exponencial nas novas infecções e nas taxas de positividade dos testes durante as primeiras três semanas desta onda, indicando uma variante altamente transmissível com rápida disseminação da infecção pela comunidade ”, comenta o médico Ryan Noach, CEO da Discovery Health.
A diretora de Análise de Saúde da Empresa, Shirley Collie, acrescentou que a Ômicron gera um risco de reinfecção maior do que as variantes anteriores.
“Apesar do fato de as crianças continuarem a apresentar uma incidência muito baixa de complicações graves após a Covid-19, os dados indicam que crianças menores de 18 anos têm um risco 20% maior de internação por complicações da doença quando infectadas com a Ômicron,” acrescentou a pesquisadora.
(Texto traduzido. Leia a versão original, em inglês, aqui)