Acionistas aprovam unificação das ações da Americanas e Lojas Americanas na B3
Papéis LAME3 e LAME4 serão negociados até 21 de janeiro, e depois convertidos em AMER3
Os acionistas da Americanas, antiga B2W, aprovaram em Assembleia Geral Ordinária na sexta-feira (10) uma nova estrutura societária a partir da fusão com a atual holding da empresa, a Lojas Americanas. Com isso, as ações das companhias serão unificadas em uma só na B3 a partir de 26 de janeiro de 2022.
A medida já havia sido antecipada pela Lojas Americanas em outubro deste ano, com impacto positivo nas ações à época. Um laudo de avaliação encomendado pela empresa avaliou o patrimônio líquido da Lojas Americanas em R$ 10,344 bilhões, enquanto o patrimônio líquido da Americanas foi avaliado em R$ 25,877 bilhões.
Com a aprovação, começa o processo de unificação acionária. As ações LAME3 – ordinária – e LAME4 – preferencial – da Lojas Americanas serão negociadas na B3 pela última vez no dia 21 de janeiro. Depois disso, serão convertidas em 26 de janeiro em 0,188964 ação AMER3 cada.
Os atuais detentores do papel LAME3 terão direito ao recesso da ação entre os dias 14 de dezembro e 13 de janeiro, recebendo uma quantia em dinheiro equivalente. Também no dia 13 de janeiro, começará o processo operacional de consolidação das bases societárias.
Outra mudança aprovada na assembleia, que já havia sido anunciada anteriormente, fará com que o atual controlador da Lojas Americanas se torne um acionista de referência na Americanas, com 29,5% do capital, abrindo mão do controle acionário sem prêmio.
De acordo com comunicado da Americanas, a mudança envolve uma reorganização que “melhora a governança corporativa, aumenta a liquidez de AMER3, elimina o desconto de holding de LAME3 e LAME4 e reforça o entendimento da companhia pelo mercado”.
A Americanas é a antiga B2W, empresa criada a partir da fusão entre os sites de compras Shoptime, Americanas.com e Submarino.
A mudança de nome ocorreu em julho de 2021, em meio ao processo de fusão dos ativos físicos da Lojas Americanas com os digitais da companhia.
A princípio, as ações LAME3 e LAME4 tinham sido mantidas na B3 como “veículos de investimento”, mas a ideia foi revertida após alguns meses.
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Confira algumas empresas que passaram por alteração de nome nos últimos anos • Amador Loureiro/Unsplash
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Facebook anunciou que passará a se chamar Meta. O nome simboliza um novo foco de atuação da gigante de tecnologia: o desenvolvimento do chamado metaverso • Divulgação/Facebook
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Em 2015, o Google anunciou uma reestruturação, com a criação da Alphabet. A empresa se tornou a responsável por administrar o próprio Google e antigas subsidiárias, na tentativa de dar mais independência e transparência aos negócios • SOPA Images/LightRocket via Gett
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Dona da Casas Bahia e do Ponto Frio, a Via Varejo revelou em 2021 que decidiu mudar de nome para Via. O movimento representa uma busca da empresa de atuar em múltiplos setores, incluindo o e-commerce, indo além do varejo físico • Via/Divulgação
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Outra varejista que mudou de nome há pouco tempo foi a Magazine Luiza. Em 2018, as lojas mantiveram o nome, mas a empresa passou a se chamar Magalu. A mudança também refletiu uma aproximação com o comércio digital • Divulgação/ Magazine Luiza
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A BRF surgiu em 2013, resultado da fusão de duas gigantes do setor de alimentos: a Perdigão e a Sadia. O nome vem da BR Foods, dona da Sadia • BR Foods/Divulgação
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Em 2006, surgiu a B2W, empresa resultante da fusão dos sites Americanas, Submarino e Shoptime. O nome permaneceria até 2021, quando a Lojas Americanas anunciou a fusão com a empresa, que passou a se chamar apenas Americanas • SOPA Images/LightRocket via Gett
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A BR Distribuidora também mudou de nome em 2021 para Vibra. A alteração ocorreu depois de a Petrobras vender sua participação na empresa • Divulgação
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Ainda em 2021, foi a vez da Duratex mudar de nome. A empresa, que atua na área de decoração, passou a se chamar Dexco, simbolizando uma nova estratégia de negócios voltada para a expansão na área de construção civil • Duratex/Divulgação
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Envolvida em denúncias de corrupção no âmbito da Operação Lava Jato, a construtora Odebrecht, fundada há mais de 70 anos, informou em 2020 que passaria a se chamar Novonor • Rovena Rosa/ Agência Brasil
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Também envolvida em denúncias no âmbito da Operação Lava Jato, a construtura Camargo Corrêa anunciou em 2018 que sua controladora mudaria de nome, passando a se chamar Mover • Camargo Corrêa/Divulgação