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    Sem passaporte vacinal, temos risco de descontrole da Covid no país, diz médico

    Governo federal publicou nesta quinta-feira (9) uma portaria interministerial estabelecendo as regras para entrada de viajantes no Brasil por via aérea

    João de Marida CNN , Em São Paulo

    O vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, afirmou à CNN nesta quinta-feira (9) que a não exigência do passaporte da vacina para viajantes que queriam entrar no Brasil cria um “alto risco de descontrole da pandemia no país”.

    “Sem passaporte da vacina e medidas mais duras no que diz respeito a mobilização pela vacinação e testagem, temos um contexto de alto risco para um descontrole da pandemia no início do próximo ano no Brasil”, disse.

    O governo federal publicou nesta quinta-feira (9) uma portaria interministerial estabelecendo as regras para entrada de viajantes no Brasil por vias aéreas. A partir do próximo sábado (11), o passageiro deverá apresentar à companhia aérea responsável pelo voo o comprovante de vacinação contra Covid-19.

    No entanto, quem não estiver vacinado ou não apresentar o comprovante da vacina também poderá entrar no Brasil. Será necessário fazer quarentena de 5 dias. O teste negativo para Covid-19 continuará sendo exigido.

     

    “Mais uma polêmica desnecessária e uma maneira de complicar o que poderia ser muito simples no controle de fronteira. Diversos países, praticamente toda Europa, adotam uma medida já pacificada em relação ao passaporte da vacina”, afirmou Fernandes.

    “Aquilo que deveríamos exercer e aprender com toda evolução da pandemia, como adotar medidas de testagem em masas como estrategia de rastreamento, não está sendo feito. O passaporte da vacina não só para fronteiras, mas para fluxo interno do país.”

    Festas de fim de ano e Carnaval

    Segundo o também médico sanitarista, como não há informações conclusivas sobre a variante Ômicron é “adequado” que as festas de fim de ano sejam canceladas.

    Para o Carnaval, por exemplo, ele avaliou que outros elementos devem ser analisados nos próximos meses, como a cobertura vacinal com duas e três doses, a possibilidade de haver vacinas, vacinar crianças em janeiro e alcançar a marca de 90% da população imunizada.

    “A complexidade para fazer o monitoramento dos viajantes é inviável na ampla maioria dos municípios, e o risco de não funcionar é muito grande. Praticamente toda comunidade de epidemiologistas e sanitaristas do Brasil tem condenado [decisão do governo Jair Bolsonaro [PL]”, disse.

    “É o momento do país entender que estamos sobre o risco de comprometer o benefício da vacinação em virtude de não termos medidas que garantam plena cobertura vacinal, com duas e três doses no início do próximo trimestre.”

    Ao menos quatro capitais brasileiras definiram que não será realizada a festa de Carnaval em 2022 devido à pandemia de Covid-19.

    O levantamento feito pela CNN e divulgado na última segunda-feira (6) confirmou que Belém, Campo Grande, Cuiabá e Teresina decidiram não realizar eventos no período.

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