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    Biden diz que democracia chegou a “ponto de inflexão” e critica “autocratas”

    Presidente dos EUA fez abertura de cúpula que reúne países aliados para debates o fortalecimento da democracia. Evento foi alvo de críticas da China e Rússia

    Giovanna Galvanida CNN* , em São Paulo

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira (9) que a democracia chegou a “ponto de inflexão” ao qual os países precisam responder apropriadamente.

    As falas fazem parte do discurso inaugural de Biden da Cúpula pela Democracia organizada pelos Estados Unidos entre esta quinta (9) e sexta-feira (10).

    O presidente americano definiu a defesa da democracia como um dos “desafios de nosso tempo” e também criticou chamados “autocratas” que buscam, para Biden, “dividir” as partes do mundo democrático.

    “A democracia não acontece por acidente, temos que renová-la a cada geração. Este é um assunto urgente, porque estamos vendo países apontando na direção errada”, afirmou Biden.

    “Há pressões de autocratas que buscam aumentar seu poder para justificar formas mais ‘eficientes’ da democracia. É como é vendido. São vozes que querem nos dividir. E, talvez o mais importante, é que eles querem aumentar a insatisfação das pessoas com governos democráticos”, declarou.

    “A democracia pode ser frágil, mas é resiliente, é capaz de se corrigir. Ela é difícil, nós sabemos disso”, completou Joe Biden após citar relatórios globais que apontam o enfraquecimento dos regimes democráticos – incluindo nos Estados Unidos.

    O presidente americano anunciou ainda fundos futuros de incentivo ao combate à corrupção, bem como a projetos de liberdade de imprensa, promoção de tecnologia, respeito aos direitos das meninas e da comunidade LGBTQIA+ nos EUA e em demais nações.

    A realização da Cúpula, para além do chamamento de diversos países considerados aliados para os EUA, gerou críticas, por outro lado, de nações como a China e a Rússia.

    No fim de semana, a China realizou, virtualmente, seu próprio Fórum Internacional sobre Democracia, supostamente acompanhado por políticos e acadêmicos de mais de 120 países, e divulgou um white paper (relatório) afirmando falsamente que seu sistema de partido único é uma democracia que funciona melhor do que o sistema nos Estados Unidos.

    Os embaixadores da China e da Rússia nos Estados Unidos reclamaram que a cúpula foi “antidemocrática”, em um artigo de opinião conjunto publicado no final de novembro pela The National Interest, uma revista americana. Os diplomatas chineses e russos se referiram falsamente a seus países como democracias.

    O presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) participava da conferência inicial com Biden nesta quinta. Bolsonaro deve discursar na sexta-feira (10) sobre temas como a liberdade de expressão na internet e o combate à corrupção, segundo documento obtido pelo analista Caio Junqueira, da CNN.

    *Com informações de Sean Lyngaas, da CNN

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