Baronovsky: Lei eleitoral incentiva e determina representatividade de mulheres
No quadro Liberdade de Opinião desta quinta-feira (9), Ricardo Baronovsky fala sobre as novas pesquisas eleitorais e a pré-candidatura de Simone Tebet à presidência pelo MDB
No Liberdade de Opinião desta quinta-feira (9), Ricardo Baronovsky comenta os resultados de novas pesquisas eleitorais para a presidência em 2022 e avalia a pré-candidatura de Simone Tebet, lançada pelo MDB na quarta-feira.
Simone Tebet se apresentou como pré-candidata à presidência no pleito de 2022 em um evento Brasília, onde evocou lideranças do MDB, como Ulysses Guimarães e o pai Ramez Tebet, comentou a atuação do partido em núcleos de mulheres, diversidades e trabalhistas. Ela afirmou que sua candidatura foi motivada pela crise da fome no Brasil e teceu críticas ao governo atual, de Jair Bolsonaro (PL).
Destacando a desproporção da quantidade de mulheres em cargos políticos em comparação com sua maioria na população brasileira, Baronovsky afirmou que enxerga a candidatura de uma mulher à Presidência como um ato relevante no sentido representativo. No entanto, ele avalia que Tebet ainda não possui força política o suficiente para enfrentar “titãs” como Bolsonaro e Lula (PT), que possuem presença massiva nas discussões em Brasília e nas redes sociais.
“Vejo com bons olhos pelo simbolismo, pela representatividade que ela traz. No mérito da personagem envolvida, não vejo neste momento força política suficiente para que ela ingresse na disputa”, declarou, relembrando que Tebet é a única mulher entre as primeiras previsões de candidaturas para a Presidência em 2022.
Baronovsky também fez observações sobre os resultados de uma nova pesquisa eleitoral, elaborada pela Genial Investimentos e pela Quaest Consultoria.
Para o levantamento foram entrevistadas 2.037 pessoas entre os dias 2 e 5 de dezembro. Os resultados mostram uma liderança do ex-presidente Lula no primeiro turno, angariando 46% dos votos, contra 23% para o atual ocupante do Planalto, Jair Bolsonaro. Na terceira posição, aparece Sergio Moro (Podemos), com 10% das intenções. Tebet não foi contemplada na pesquisa.
Baronovsky acredita ser cedo para prever resultados das eleições, marcadas para segundo semestre de 2022.
Destacando previsões que não foram efetivas em anos anteriores, ele considera precoce guiar-se pelos resultados no momento atual. No entanto, afirma que esses números preliminares são importantes para guiar os próprios candidatos, os partidos políticos e a economia do país.
O Liberdade de Opinião teve a participação de Thiago Anastácio e Ricardo Baronovsky. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.
(*Sob supervisão de Murillo Ferrari)