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    Para ministros do STF, decisão ampla de Rosa Weber ajudou o Congresso

    Integrantes da Corte afirmaram que ministra errou taticamente ao dar uma decisão muito ampla

    Isabela Filardida CNN* , Em São Paulo

    A ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou, nesta segunda-feira (6), a retomada da execução orçamentária das emendas de relator.

    De acordo com a âncora da CNN Daniela Lima, integrantes do STF afirmaram que Rosa Weber errou taticamente ao dar uma decisão muito ampla, obrigando o Congresso a dizer “quem recebeu, quando e onde”, e a adotar normas mais transparentes.

    Segundo o STF, o erro foi tático, porque “nunca deve dar uma decisão que você não pode fazer cumprir”.  O Congresso afirmou que não tem condições técnicas para cumprir uma parte da decisão.

    A ministra tinha, então, duas decisões: ou enfrentaria o Legislativo, abrindo uma crise inédita na política do Brasil redemocratizado, ou recuava e liberava momentaneamente a execução do “orçamento secreto”, que foi o que aconteceu.

    O que são as “emendas de relator”

    As emendas de relator são ferramentas criadas pelo Orçamento Impositivo que dão ao relator da Lei Orçamentária Anual o direito de encaminhar emendas que precisam ser priorizadas pelo Executivo.

    Como não são claramente discriminadas nos sistemas nos quais é feito o controle da execução orçamentária, também são chamadas de “orçamento secreto”.

    A Câmara dos Deputados, de acordo com a nota técnica nº 63/2021 da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira, de 8 de novembro de 2021, afirma que as emendas do relator “tradicionalmente, são utilizadas com a finalidade de corrigir erros ou omissões de ordem técnica do projeto de lei orçamentária, ou seja, um instrumento colocado à disposição dos relatores para que possam cumprir a função de organizar e sistematizar a peça orçamentária”.

    O mecanismo é criticado por permitir que o governo distribua dinheiro público a seus aliados conforme entender, permitindo, assim, que o Planalto utilize essas emendas nas negociações pela tramitação de propostas de seu interesse no Legislativo.

    Segundo levantamento realizado pela ONG Contas Abertas, que fiscaliza o orçamento público, exatamente uma semana antes da aprovação da PEC dos Precatórios em primeiro turno na Câmara, o governo federal empenhou R$ 909 milhões apenas em emendas de relator.

    Confira a data de aposentadoria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)

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    (*Com informações de Douglas Porto, da CNN)

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