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    Médico legista investigará se procedimento de lipoaspiração causou morte de Dani Li

    Cantora chegou a ficar internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após complicações na cirurgia, mas não sobreviveu; a polícia investiga o caso no Paraná

    Dayres VitoriaJulia Fariasda CNN , São Paulo

    O prontuário médico da cantora Maria Danielle Fonseca Machado, mais conhecida como Dani Li, que morreu em decorrência de complicações durante um procedimento de lipoaspiração que realizava no Paraná, será encaminhado a um médico legista para averiguar se de fato a morte da artista foi uma fatalidade ou se houve alguma imprudência/negligência médica, segundo a polícia.

    A artista morreu na última quarta-feira (24) após sofrer complicações em uma cirurgia de lipoaspiração, realizada em Curitiba, capital do Paraná. A pedido da família, a Polícia Civil do estado investiga o caso.

    Segundo a delegada Géssica Andrade, responsável pela investigação, um laudo será enviado a um médico legista para verificar o que teria acontecido durante o procedimento estético que resultou na morte da cantora.

    De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), a profissional cirurgiã que realizou o procedimento estava devidamente regulamentada no Conselho.

    Nas redes sociais, a Câmara Municipal de Macapá, cidade onde a cantora morava, no Amapá, lamentou o ocorrido:

    “Conhecida como a Musa da Amazônia, Dani Li era muito jovem, de um talento enorme, mas a fatalidade impõe uma grande perda para a música amapaense. O Poder Legislativo Municipal externa condolências e solidariedade aos familiares e amigos”, publicou a Câmara nas redes sociais.

    O velório da cantora foi aberto ao público e aconteceu na própria sede da Câmara Municipal de Macapá, no centro da cidade.

    Complicações

    Na tarde do dia 19 de janeiro, a cantora deu entrada na Fundação Hospitalar de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, para realizar o procedimento cirúrgico estético.

    Durante o procedimento, a cantora passou mal e precisou ser transferida para o Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, de Curitiba. Ela passou cinco dias internada na unidade, teve uma piora no quadro de saúde e veio a óbito na última quarta-feira (24).

    Em nota, o Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM) informou que desde a entrada de Danielle na unidade, ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva.

    A cirurgiã plástica Luciana de Freitas Santos e o anestesista Nelson Lambach foram os responsáveis pela cirurgia de lipoaspiração de Dani, na Fundação Hospitalar de Pinhais. Procurados pela CNN, a cirurgiã disse que não irá se pronunciar. Já o anestesista e a Fundação não retornaram até a publicação deste texto.

    A CNN também buscou contato com a advogada Evelim Paes, que representa a família de Dani Li, mas não obteve retorno.

    As investigações

    De acordo com a delegada Géssica Andrade, a própria família procurou as autoridades após o óbito da cantora, garantindo que ela não apresentava qualquer problema de saúde antes da cirurgia. A família então alegou um possível erro médico durante o procedimento de lipoaspiração.

    A Polícia Civil garante que todos os envolvidos no procedimento cirúrgico serão ouvidos. Familiares da cantora, sua acompanhante no dia da cirurgia  e pessoas mais próximas a ela que também estavam no Paraná, já prestaram depoimento.

    Procurados pela CNN, o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) informou que a profissional que realizou o procedimento na cantora, a cirurgiã plástica Luciana de Freitas, estava devidamente regulamentada no Conselho. O CRM também garantiu que irá instaurar procedimento sindicante para apurar a denúncia.

    As autoridades seguem com as investigações para esclarecimento do caso.

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