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    Impressão de inquéritos eleitorais reforça núcleo político de Ramagem, aponta PF

    Investigação aponta que Alexandre Ramagem imprimiu inquéritos, no Rio, na época das eleições municipais de 2020

    Elijonas Maiada CNN , em Brasília

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes destacou, na decisão que embasou a operação de segunda-feira (29) contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), a impressão, praticada pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), de documentos sigilosos com informações de inquéritos eleitorais em curso na Polícia Federal e que listavam políticos do Rio de Janeiro.

    As impressões dos inquéritos reforçam o núcleo político da chamada “Abin paralela” investigada pela PF, segundo investigadores.

    Segundo relatório da PF, “a premissa investigativa ganha concretude com a identificação de informações sigilosas impressas pelo Del. Alexandre Ramagem possivelmente para entregar aos destinatários do núcleo político”.

    Na mesma linha de investigação, a Controladoria-Geral da União (CGU) identificou impressão de documento por Ramagem enquanto ele era diretor da Abin contendo a lista com informações de inquéritos eleitorais da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

    A decisão que se tornou pública do STF não diz quais inquéritos foram impressos, mas diz que a lista impressa apresentava o número de inquérito, nome do investigado, o cargo político e o partido político em 20 de fevereiro de 2020, começo da pré-campanha eleitoral em municípios.

    Um político que seria integrante desse núcleo político de Ramagem, segundo a PF, é Carlos Bolsonaro, vereador pelo Republicados no Rio e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A investigação diz que ele teria recebido informações da Abin paralela.

    Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Luciana Almeida, assessora de Carlos Bolsonaro, operava como intermediadora das demandas de interesse do vereador com Alexandre Ramagem.

    Carlos Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão em quatro endereços ligados a ele nesta segunda-feira (29), no Rio e em Brasília, suspeito de ser parte de uma organização criminosa investigada pela PF suspeita de monitoramento ilegal durante a gestão de Ramagem na Abin.

    A CNN procurou o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). O deputado informou que não vai se pronunciar, por enquanto, e que está aguardando os desdobramentos da investigação. O advogado de Carlos Bolsonaro nega ligação do vereador com a Abin.

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