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    Redução do preço do combustível na bomba não deve chegar a 20%, diz especialista

    Reposição do preço represado deve reverter parte da redução, diz Edmilson Moutinho, professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP

    Raphael CoracciniJuliana Alvesda CNN , Em São Paulo

    Parte da redução do preço internacional do petróleo deve ser revertida no Brasil pelo represamento de preços que a Petrobras tem praticado, avaliou o economista Edmilson Moutinho, professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), durante entrevista à CNN nesta segunda-feira (6).

    Para o especialista, a redução “não deverá chegar a 20%” nas refinarias. “O próprio aumento vinha em atraso porque a Petrobras precisa repor parte do que ela não tinha conseguido repassar por pressões políticas”, avalia.

    “Se chegar a ter uma queda na refinaria de 12% a 15% já me surpreenderia, e não vamos encontrar isso na bomba”, completa Moutinho.

    Em 2022, a tendência é que haja uma retomada do preço do petróleo com a possibilidade de um arrefecimento do potencial da variante Ômicron e com um aumento da demanda global, diz o especialista.

    Ele ressalta ainda que os preços são muito influenciados pela temperatura no hemisfério norte, que entra este mês no inverno, quando passa a recrutar mais energia para aquecimento da população.

    Por isso, o aumento dos preços deve acontecer apenas depois de janeiro, avalia o economista, mas se estender por alguns meses, pelo menos até o final da estação fria no Norte, em abril.

    Para ele, essa recuperação da alta do preço tende a ter um impacto político importante no Brasil. “Isso impõe mais dificuldades para o presidente Jair Bolsonaro, porque estaremos mais perto do ciclo eleitoral”, afirma.

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