Não permitir Carnaval é duro, mas tivemos que fazer essa recomendação, diz Comitê
Comitê Científico do Consórcio Nordeste recomendou nesta sexta-feira (3) a proibição do Réveillon e Carnaval na região por conta da variante Ômicron
O coordenador do Comitê Científico do Consórcio Nordeste, Sérgio Rezende, disse à CNN nesta sexta-feira (3) que a decisão de recomendar a proibição de festas de Réveillon e Carnaval na região “é dura”, mas que não restou outra escolha devido à variante Ômicron.
“A discussão de não permitir festas de carnaval é muito dura. Tanto que é que essa discussão está ocorrendo há um tempo, e exitamos em fazer essa recomendação. Agora, porém, com a Ômicron e o aumento de casos na Europa, tivemos que fazer essa recomendação”, afirmou. “O carnaval nordestino recebe muitos visitantes europeus”.
De acordo com boletim da entidade, divulgado na tarde desta sexta-feira, as festividades de fim de ano e a folia podem gerar aglomerações que intensificariam a transmissão do vírus e resultariam em uma nova onda de Covid-19.
“Há um risco muito grande com o aparecimento da Ômicron de se realizar festividades com aglomerações, com as pessoas relaxadas em relação ao distanciamento social. O carnaval causa aglomerações. Nosso alerta é nessa direção, não queremos uma terceira onda no Brasil”, declarou Rezende.
À CNN, o coordenador do comitê disse ainda que os casos e mortes decorrentes da Covid-19 nas últimas semanas no Nordeste estão estáveis, mas não caíram “completamente”. Isso, segundo ele, é mais um motivo para alerta.
“Em outubro de 2020, a pandemia parecia que estava indo embora, os casos caindo e as mortes caindo, tivemos eleições com aglomerações, final de ano, e isso causou uma segunda onda, muito mais forte. Estamos agora em uma situação que relembra o ano passado. Parece que a segunda onda está indo embora, mas estamos vendo que nas últimas semanas os casos e mortes estão estáveis, não caíram completamente.”
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Posto de vacinação no Museu da República, no Catete, no Rio de Janeiro. Veja a vacinação contra a Covid-19 no Brasil e no mundo • Pedro Duran/CNN
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Enfermeira mostra vacina contra a Covid-19 para mulher no Rio de Janeiro • Mario Tama/Getty Images
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Enfermeira do SUS aplica vacina contra Covid-19 em homem em sua casa na Rocinha, no Rio, em uma das rondas frequentes que profissionais de saúde fazem na comunidade para imunizar pessoas que não querem ir ao posto • Mario Tama/Getty Images
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Vacinação contra a Covid-19 em São Paulo • Reuters/Carla Carniel
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Enfermeira na campanha de vacinação contra a Covid-19 na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro • Fernando Souza/picture alliance via Getty Images
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Boris Johnson visita centro de vacinação contra a Covid-19 em Londres • Alberto Pezzali - WPA Pool/Getty Images
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Japonesa faz triagem para ser vacinada contra Covid-19 • Stanislav Kogiku - 2.ago.2021/Pool Photo via AP
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China vacina estudantes universitários contra a Covid-19 • Costfoto/Barcroft Media via Getty Images
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Alguns países já fazem a vacinação de adolescentes contra a Covid-19 • Getty Images (FG Trade)
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Enfermeira aplica vacina em Dhaka, Bangladesh, que pretende imunizar 10 milhões em uma semana • Maruf Rahman / Eyepix Group/Barcroft Media via Getty Images
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Cidade de Aue-Bad Schlema, na Alemanha, distribui cachorros-quentes gratuitamente para quem apresentar o cartão de vacinação • Hendrik Schmidt/picture alliance via Getty Images
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Vacinação contra Covid-19 em Nova Délhi, na Índia • Adnan Abidi/Reuters
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Homem de 45 anos é vacinado em posto drive-in na cidade de Bhubaneswar, na Índia • STR/NurPhoto via Getty Images
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Vacinação contra a Covid-19 em prisão em Harare, Zimbabwe • Tafadzwa Ufumeli/Getty Images
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Vacinação contra a Covid-19 em Dakar, no Senegal • Fatma Esma Arslan/Anadolu Agency via Getty Images
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Vacinação contra a Covid-19 em Bangcoc, Tailândia • Reuters/Athit Perawongmetha
Recomendações sobre festas do fim de ano
O documento divulgado nesta sexta-feira (3) cita o quadro global e nacional atual da pandemia e “incertezas futuras existentes” e recomenda ainda intensificar a vacinação por meio da busca ativa de pessoas que não completaram o esquema vacinal, ampliar o ritmo da imunização por meio de estratégias como carro de som e aplicação das doses nas escolas e manter o uso obrigatório de máscaras faciais.
O comitê também defende medidas de proteção coletiva como a exigência passaporte da vacina para entrada em cinemas, teatros, estádios de futebol e outros.
“Essas novas variantes podem não somente ser mais transmissíveis e mais patogênicas como também evadirem da imunidade produzida pelas vacinas. Não por acaso que a identificação recente de uma nova variante na África do Sul, denominada Ômicron, esteja gerando tamanha tensão e expectativas entre políticos, gestores e especialistas”, destacou o boletim.