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    Construção de segundo edifício mais alto do mundo chega ao ápice na Malásia

    Edifício "Merdeka 118" já atingiu altura de 678 metros; Arranha-céu, que deve ficar pronto em 2022, perderá apenas para o Burj Khalifa, em Dubai

    Oscar Hollandda CNN

    A torre de um arranha-céu de 118 andares em construção atingiu seu ápice a mais de 2.227 pés (equivalentes a cerca de 678 metros) acima da capital da Malásia, Kuala Lumpur.

    Previsto para se confirmar como o segundo edifício mais alto do mundo após sua conclusão no ano que vem, o Merdeka 118 agora é mais alto do que a Torre de Xangai na China, com 2.073 pés (cerca de 631 metros), e é superado apenas pelo Burj Khalifa, em Dubai.

    Em uma cerimônia que marcou a conclusão da torre nesta terça-feira, o primeiro-ministro da Malásia, Ismail Sabri Yaakob, descreveu o projeto como uma “torre icônica para o futuro”.

    “Esta não é apenas uma grande conquista no campo da engenharia”, disse ele a repórteres. “Mas também fortalece ainda mais a posição da Malásia como um país moderno e desenvolvido.”

    PRÉDIO MERDEKA 118 MALÁSIA
    Uma simulação digital mostra como a torre ficará após sua conclusão no final de 2022. / Fender Katsalidis

    Com 288 mil metros quadrados de área, mais da metade será oferecida como escritórios, a torre também abrigará um shopping, uma mesquita, um hotel Park Hyatt e o mirante mais alto do sudeste da Ásia. O local mais amplo, de mais de 16 mil metros quadrados, também conterá espaços públicos e um parque no nível do solo.

    Situado em uma parte histórica de Kuala Lumpur, o arranha-céu tem vista para o Estádio Merdeka, onde o ex-líder Tunku Abdul Rahman declarou a independência da Malásia em 1957. Ismail Sabri, que foi nomeado primeiro-ministro em agosto, disse na terça-feira que o desenho escultural “reflete a imagem “de Rahman famoso por levantar a mão para gritar ‘merdeka!’  (malaio para “independente!”) Há mais de seis décadas”.

    A empresa de arquitetura australiana por trás do projeto, Fender Katsalidis, disse que os planos de vidro triangulares na fachada do prédio foram inspirados por padrões encontrados nas artes da Malásia. O design também “simbolicamente (representa) a rica mistura cultural que define o povo do país”, disse a empresa em um comunicado à imprensa.

    Em um comunicado, um dos sócios fundadores da empresa, Karl Fender, acrescentou que o edifício foi projetado para enriquecer “a energia social e o tecido cultural da cidade”.

    “Além disso, a conquista de criar o segundo edifício mais alto do mundo comemora os anos de planejamento, solução de problemas, colaboração e esforço humano necessários para realizar um edifício desta complexidade”, disse ele. “Alcançar este marco de altura é um bônus bem-vindo.”

    Anunciado em 2010, o projeto foi iniciado há cinco anos, apesar das preocupações expressas por alguns ativistas do patrimônio local sobre o impacto que poderia ter no bairro histórico.

    Embora o prédio devesse ser inaugurado este ano, o trabalho foi temporariamente interrompido em março de 2020, quando o governo da Malásia introduziu medidas rígidas de lockdown para combater a propagação da Covid-19.

    O horizonte de Kuala Lumpur foi transformado por arranha-céus nas últimas décadas, e a capital da Malásia é agora a 13ª cidade mais alta do mundo, de acordo com o Conselho de Edifícios Altos e Habitat Urbano. As Torres Petronas de 1.483 pés foram consideradas os edifícios mais altos do mundo entre 1998 e 2004, quando foram superadas pelo Taipei 101 de Taiwan.

    Em 2019, o Exchange 106, de 106 andares, se tornou o arranha-céu mais alto de Kuala Lumpur – e do Sudeste Asiático – na época, apesar de estar envolvido na controvérsia financeira do 1MDB que levou o ex-primeiro-ministro do país, Najib Razak, a acusações criminais, incluindo lavagem de dinheiro e abuso de poder.

    * Matéria traduzida. Leia a original aqui.

    Fotos capturam beleza dos prédios mais ao norte do mundo:

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