Réveillon do Rio não consegue patrocínio, e licitação pode ser anulada
Prazo foi estendido para as três empresas que ganharam a concorrência, mas pandemia fez empresários recuarem
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Suspensa em 2020 e 2021, a festa de Réveillon de Copacabana, no Rio de Janeiro é uma das mais populares do país. Veja foto das queimas de fogos em anos anteriores • Dhani Accioly Borges/Riotur
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Queima de fogos na praia de Copacabana, na virada do ano de 2012 • Marina Herriges/Riotur
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Queima de fogos em Copacabana no ano de 2013 • Fernando Maia/Riotur
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Queima de fogos em Copacabana no ano de 2013 • Fernando Maia/Riotur
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Queima de fogos na praia de Copacabana no ano de 2014 • Ricardo Cassiano/Riotur
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Multidão acompanha a queima de fogos na praia de Copacabana, em 2014 • Fernando Maia/Riotur
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No Réveillon de 2015, a festa de Copacabana ocorreu tradicionalmente • Fernando Maia/Riotur
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Réveillon de 2015 na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro • Fernando Maia/Riotur
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Réveillon em Copacabana no ano de 2016 • Dhani Accioly Borges/Riotur
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Réveillon em Copacabana no ano de 2016 • Fernando Maia/Riotur
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Também em 2017, milhares de pessoas se concentraram nas areias de Copacabana para acompanhar a virada do ano • Alexandre Macieira/Riotur
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Festa de Ano Novo no Rio de Janeiro, em 2017 • Alexandre Macieira/Riotur
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Milhares se reuniram na Praia de Copacabana para comemorar o ano de 2019 • Alexandre Macieira/Riotur
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Queima de fogos na praia de Copacabana em 2019 • Richard Santos/Riotur
Depois de três meses de sucessivos adiamentos de prazo, as três empresas que ganharam o edital para organizar o Réveillon do Rio de Janeiro ainda não conseguiram o compromisso de patrocinadores que queiram bancar uma das maiores festas do mundo.
A CNN apurou que, na prática, a falta do fiador pode até provocar uma anulação da licitação pela Riotur, a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro que coordena a festa. Se o cenário já era difícil com o recuo de empresários, a chegada da variante Ômicron atrapalha ainda mais os planos.
Diferentemente de anos anteriores, em 2021 a Prefeitura do Rio de Janeiro permitiu que as empresas que ganharam a licitação para promover o Réveillon pudessem entregar a carta do patrocinador depois do anúncio dos vencedores. O prazo inicial era 6 de setembro. Foi adiado para dia 27 de setembro, depois para 29 de outubro.
Para a empresa que ganhou a licitação para os três palcos de Copacabana, a agência de turismo da prefeitura concedeu 20 dias adicionais. A empresa é responsável por uma parte da festa com previsão de reunir 2 milhões de pessoas.
Já as outras duas empresas que formam o consórcio para montar os outros dez palcos pela cidade tiveram a prorrogação até o dia 30 de novembro. A expectativa é que os palcos possam reunir 1 milhão de pessoas, segundo a prefeitura. Mas as cartas de intenção de patrocínio não foram entregues.
Um interlocutor de uma das empresas afirmou reservadamente que já havia o compromisso ‘apalavrado’ de empresas interessadas em patrocinar a festa, mas com o avanço da pandemia, a persistência de novos casos e mortes e o surgimento de uma nova variante, a Ômicron, ninguém quis se comprometer oficialmente.
A CNN apurou que a Riotur agora trabalha com três cenários. O primeiro deles é perdoar os atrasos e fazer um remendo jurídico para manter o edital válido mesmo com o prazo vencido. Na avaliação de interlocutores da agência, essa seria a melhor maneira de manter os planos iniciais caso o Réveillon seja realizado.
O segundo plano é anular a licitação e reabrir a concorrência no caso de os patrocinadores não aparecerem e a prefeitura se vir obrigada a relançar a proposta ao mercado ou pagar a festa por conta própria. O problema para esse plano é o prazo apertadíssimo para um evento tão grande.
O terceiro cenário seria cancelar tudo alegando o avanço da pandemia e a chegada da variante Ômicron. Juridicamente a solução estaria bem embasada. Em outras palavras, a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro se vê entre o perdão, a anulação e o cancelamento do edital.
Em nota, a Riotur se limitou a dizer que “vem planejando e organizando tanto o Réveillon como o Carnaval na cidade; em função dos acontecimentos relacionados ao vírus da Covid — de conhecimento de todos — as informações sobre ambos os eventos seguem o ritmo do possível”.
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Posto de vacinação no Museu da República, no Catete, no Rio de Janeiro. Veja a vacinação contra a Covid-19 no Brasil e no mundo • Pedro Duran/CNN
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Enfermeira mostra vacina contra a Covid-19 para mulher no Rio de Janeiro • Mario Tama/Getty Images
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Enfermeira do SUS aplica vacina contra Covid-19 em homem em sua casa na Rocinha, no Rio, em uma das rondas frequentes que profissionais de saúde fazem na comunidade para imunizar pessoas que não querem ir ao posto • Mario Tama/Getty Images
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Vacinação contra a Covid-19 em São Paulo • Reuters/Carla Carniel
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Enfermeira na campanha de vacinação contra a Covid-19 na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro • Fernando Souza/picture alliance via Getty Images
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Boris Johnson visita centro de vacinação contra a Covid-19 em Londres • Alberto Pezzali - WPA Pool/Getty Images
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Japonesa faz triagem para ser vacinada contra Covid-19 • Stanislav Kogiku - 2.ago.2021/Pool Photo via AP
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China vacina estudantes universitários contra a Covid-19 • Costfoto/Barcroft Media via Getty Images
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Alguns países já fazem a vacinação de adolescentes contra a Covid-19 • Getty Images (FG Trade)
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Enfermeira aplica vacina em Dhaka, Bangladesh, que pretende imunizar 10 milhões em uma semana • Maruf Rahman / Eyepix Group/Barcroft Media via Getty Images
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Cidade de Aue-Bad Schlema, na Alemanha, distribui cachorros-quentes gratuitamente para quem apresentar o cartão de vacinação • Hendrik Schmidt/picture alliance via Getty Images
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Vacinação contra Covid-19 em Nova Délhi, na Índia • Adnan Abidi/Reuters
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Homem de 45 anos é vacinado em posto drive-in na cidade de Bhubaneswar, na Índia • STR/NurPhoto via Getty Images
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Vacinação contra a Covid-19 em prisão em Harare, Zimbabwe • Tafadzwa Ufumeli/Getty Images
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Vacinação contra a Covid-19 em Dakar, no Senegal • Fatma Esma Arslan/Anadolu Agency via Getty Images
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Vacinação contra a Covid-19 em Bangcoc, Tailândia • Reuters/Athit Perawongmetha
Exposição
O patrocinador do Réveillon tem direito a ter a marca exposta em uma série de peças e locais, como outdoor, mobiliário urbano, boca de túnel, galhardetes, sanitários, torres de luz e som, vídeos nos telões, backdrop de fundo da entrevista coletiva, citações em releases e 50 a 100 convites para camarotes, além de espaço pra montagem de stand e autorização para atividades na praia de Copacabana, no caso do evento da zona Sul.
Custo
Pelo que prevê o caderno de encargos disponibilizado aos patrocinadores, a fatura da festa é alta. Para o evento de Copacabana, por exemplo, a previsão é de três palcos, sendo um principal e dois satélites, com quatro shows artísticos, dois DJs e uma escola de samba.
A queima de fogos deve durar no mínimo 12 minutos com ‘desenho artístico de padrão internacional coerente com a grandiosidade e a relevância’ do evento e será embarcada em até dez balsas. Para a transmissão simultânea do espetáculo, os palcos deverão ter pelo menos dois telões de Led com resolução full HD e medidas mínimas de sete metros por 3,95 metros.
Prazos
A Riotur prevê que a montagem da estrutura do Réveillon comece no dia 10 de dezembro e vá até, no máximo, o Natal. Assim, os ensaios técnicos seriam realizados entre 28 e 30 de dezembro e a desmontagem da festa da virada está prevista para 6 a 15 de janeiro. No dia 31, as apresentações começam às 17h com um DJ e vão até as 4h da manhã.