África do Sul vê crescimento de casos de Covid-19 em ritmo recorde
Autoridade de saúde pública do país disse à CNN que aumento é o mais rápido desde o início da pandemia
Os casos de Covid-19 na África do Sul estão “crescendo rapidamente”, no que parece ser “o ritmo mais rápido que vimos desde o início da pandemia“, disse à CNN Michelle Groome, chefe do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD), o órgão de saúde pública do país, nesta quarta-feira (01).
Semanas depois da Ômicron ter sido detectada pela primeira vez, a variante já é dominante em algumas províncias, de acordo com as autoridades de saúde.
Na província de Gauteng – que inclui a grande cidade de Joanesburgo – a variante Ômicron correspondeu a 74% dos sequenciamentos genéticos, disse a Rede para Vigilância Genômica da África do Sul na quarta-feira.
A província teve o maior aumento nas infecções por Covid-19 no mês passado, e estudos estão em andamento para determinar a prevalência da Ômicron em outros distritos.
Os casos na África do Sul parecem estar aumentando, com cerca de 8.600 casos diários registrados na terça-feira. Na semana anterior, o patamar era de cerca de 1.300 casos, de acordo com os dados mais recentes do NICD.
Groome disse que o rápido aumento de casos é “preocupante”, acrescentando que os testes feitos na água do sistema de esgoto alertaram as autoridades relativamente cedo sobre infecções no distrito que inclui a cidade de Pretória.
“Duas semanas atrás, víamos números de casos e índices de testes positivos que eram as mais baixas desde o início da pandemia”, disse Groome.
Ela acrescentou que esses números “subiram rapidamente até hoje”, onde os cientistas estão observando “mais de 15%” das amostras como positivas para Covid-19.
Por enquanto, não está claro se o aumento nas infecções foi “devido ao aumento da transmissibilidade da variante Ômicron ou devido ao escape imunológico”, disse Groome.
Ela acrescentou que os casos ocorreram principalmente entre pessoas mais jovens, o que pode ser devido ao aumento das reuniões sociais com o fim das aulas, bem como às taxas de vacinação mais baixas nessa faixa etária.
Até agora, os médicos observaram “na maioria casos leves”, disse Groome, atribuindo isso a uma representação demográfica mais jovem.
À medida que os casos passam para a população mais velha, os médicos terão uma ideia melhor “se estamos vendo aumentos recíprocos nas hospitalizações e mortes associadas a isso, ou se esta é realmente uma doença mais branda”, disse Groome.
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