O legado e a vida em liberdade de Britney Spears, que completa 40 anos
O fim da tutela, mais autonomia para produzir seus shows e administrar seu próprio dinheiro, convivência com os filhos... O que será da estrela do pop nesta nova fase
A cantora Britney Spears completa 40 anos nesta quinta-feira, 2 de dezembro. Esse é o primeiro aniversário em 13 anos que a Princesa do Pop comemora livre da tutela do pai, Jamie Spears, que até um mês atrás controlou a vida pessoal, os negócios e a fortuna dela.
O caso da conservadoria de Britney ganhou proporções gigantescas no mundo inteiro e forte mobilização por parte de fãs com o movimento #FreeBritney.
O fim da tutela foi decretado no dia 12 de novembro e trouxe alívio tanto para os “B-Army”, como são chamados os fãs de Britney, como para a própria cantora. Acabar com a tutela antes do aniversário de 40 anos dela era um dos desejos dos integrantes do movimento, que é mundial.
“Acho que, por muito tempo, ela queria poder fazer o que quiser e festejar seu dia do jeito que queria. Então foi uma conquista muito especial para nós. Estamos muito felizes”, conta o dentista brasileiro Felipe Servat, 31, que reside nos Estados Unidos e ajudou a organizar o grupo em Tampa e Miami.
Britney foi submetida à tutela em 2007, ano em que passou por diversas questões pessoais, como divórcio, uso de drogas e perda da guarda dos filhos. Isso fez com que seu pai, Jamie Spears, entrasse com um pedido de tutela emergencial provisória para “garantir o bem-estar” da cantora.
A tutela é um encargo jurídico que autoriza que uma pessoa se torne responsável por administrar os bens de outra que seja considerada incapaz de responder por suas próprias ações. No entanto, havia suspeitas de que Jamie estava utilizando a tutela de forma abusiva, restringindo a vida pessoal de Britney. Grande parte dessas hipóteses foram levantadas (e, posteriormente, comprovadas) pelo movimento #FreeBritney.
Gabriel Weinstein, 33, criador do BritneyOnline.com.br ao lado de Alan Mangabeira, 33, afirma que Britney foi, em todo momento, tratada como uma criminosa.
“Britney nunca cometeu um crime para ter sua vida e liberdade privadas como teve nos últimos 13 anos. Questionar seu direito de liberdade ou sua sanidade mental por ela não se enquadrar num padrão imposto pela indústria me soa inconstitucional”, diz.
Mangabeira, que escreveu um doutorado sobre a estética do fandom da cantora, aponta que, assim como todas as pessoas, Britney também tinha problemas antes da tutela. “A diferença é que esses problemas não são vistos por 70 paparazzi que nos perseguem, nem são julgados em rede nacional. Estamos falando de direitos básicos. Britney não só deveria estar livre agora como deveria ter estado livre a vida inteira”, afirma.
Legado ignorado e subestimado
Mesmo antes da conservadoria, há registros de que Britney foi privada de liberdade em muitos aspectos ao longo da vida, segundo a terapeuta cognitivo comportamental Masilvia Diniz.
“Nos documentários sobre sua trajetória, é possível acompanhar imagens de seu treinamento para ser uma garota prodígio do show business desde os 4 anos de idade. Esta é uma pessoa que parece ter sido controlada desde muito cedo”, analisa.
Mesmo com a situação de controle em que sempre esteve imersa, Alan Mangabeira conta que o legado de Britney para a história da cultura pop é, paradoxalmente, sobre liberdade. O impacto de sua colaboração foi, por muito tempo, ignorado, assim como o trabalho de outros ícones do pop, como Michael Jackson e Madonna.
A carreira de Britney passou por negligências na indústria desde o começo. “Ela era comercializada como uma mulher burra, o que é algo muito machista. Ao ser tratada dessa forma, isso se refletia, por exemplo, em meninos gays de 11 anos, como eu, que eram fãs dela e tratados como de menor importância”, diz.
Gabriel Weinstein explica que isso não impediu a consolidação da cantora como um ícone dentro do universo pop, tanto na música como em atitude e estilo de vida. Desde o sucesso estrondoso de “…Baby One More Time”, lançado em 1999, Britney explora a sensualidade e o desejo feminino em suas canções, performances e até em aparições públicas ou em premiações.
Foi graças a ela que o pop dos anos 1980, marcado pela fórmula de melodia e letra chiclete, voltou ao topo e tornou-se um padrão de sucesso para a música nos anos 2000.
Ela também revolucionou os videoclipes: tudo o que lançava virava um clássico instantâneo. Até hoje, cenas e figurinos marcantes de seus vídeos são homenageados e até parodiados pelas divas pop contemporâneas, como Ariana Grande e Taylor Swift.
Mangabeira explica que o começo do amadurecimento de seu trabalho aconteceu com o lançamento de “I’m A Slave 4 U”, faixa lançada no álbum “Britney” (2001). “Ela começa a flertar artisticamente e sonoramente com pessoas com quem ela não trabalhava, como o Pharrell Williams, que é uma figura de extrema importância hoje, mas que na época não era tão valorizado no mainstream”, aponta.
“I’m A Slave 4 U” também pode indicar o momento em que Britney quer se comunicar sobre se livrar de suas amarras. Eu sei que posso ser jovem, mas eu também tenho sentimentos. E preciso fazer o que eu quero fazer”, sussurra a cantora no início da canção.
“Isso é muito impactante quando pensamos no que Britney estava passando e o que foi construído para que essa tutela fosse instaurada. Em entrevistas, ela dizia: ‘Não sou escrava para uma pessoa, mas sim da música”. Hoje em dia, vemos que tinha uma mensagem ali”, analisa o criador do BritneyOnline.com.br.
Britney tinha muito mais controle sobre sua música antes da tutela ser instaurada. Em 2003, ela pode escolher com quais produtores gostaria de trabalhar e podia passar todo tempo no estúdio de criação.
A carga temporal de trabalho era diferente: a cantora tinha, ao menos, um ano de espaçamento entre um álbum e outro para poder criar sonoridades da forma como lhe agradasse. Isso se manteve em 2007 com o “Blackout”, álbum que ela assina a produtora executiva.
Impacto social
O impacto da carreira de Britney vai além da indústria fonográfica e transborda para o contexto social. A cantora tornou-se um forte símbolo de empoderamento e emancipação feminina. As composições dela sempre abordaram temas como sexo, prazer e amadurecimento a partir da perspectiva feminina.
Para a norte-americana Ashley Pitzer, 31, cover da Britney Spears desde os 8 anos de idade, isso também é explícito em seu visual, estilo, som e até nos movimentos que faz.
Essa maneira de Britney de encarar a música gerou um grande impacto na cultura pop e na sociedade. Se as divas pop atuais conseguem uma aceitação maior por parte da indústria e do público diante das letras sensuais e do uso de seus próprios corpos, muito foi graças ao impacto de Britney. Além dela, também ajudaram a abrir portas artistas como Madonna, Christina Aguilera e as Pussycat Dolls, por exemplo.
A base de fãs da cantora também é fortemente composta por pessoas LGBTQIA+. Ao longo de sua carreira, Britney não só demonstrou apoio à essa comunidade como também se transformou em uma voz ativa dentro do movimento.
Por mais que tenha tido affairs com mulheres no passado, a própria cantora se identifica como uma aliada. Nesse sentido, Felipe iguala o impacto de Britney ao de Madonna nos anos 1980 e 1990.
Por sua contribuição à luta contra o preconceito e a LGBTfobia, Britney recebeu da Aliança Gay e Lésbica Contra a Difamação (GLAAD, na sigla em inglês) o prêmio Vanguard Award, durante a 29ª edição do GLAAD Awards, em 2018. O prêmio foi entregue pelo cantor Ricky Martin, que afirmou que Britney “usa a plataforma dela para mostrar para o mundo todo que intolerância é inaceitável”.
“Nossa sociedade coloca tanta ênfase no que é ser normal e que ser diferente é estranho. Mas ser aceito incondicionalmente e ser capaz de se expressar como indivíduo por meio da arte é uma bênção. Eventos como esse mostram ao mundo que não estamos sozinhos, que podemos dar as mãos e saber que somos todos belos e nos levantar para mostrar nossos dons sem hesitação”, afirmou a cantora no discurso de aceitação do prêmio.
Felipe Servat ressalta que Britney transparece esse posicionamento de aceitação por meio de suas apresentações, seja convidando drag queens para seus shows ou educando outras pessoas dentro da cultura pop.
“Britney sabe que a maior parte da fanbase somos nós. Ela ajudou várias pessoas LGBTs, como eu, a nos aceitarmos e entendermos nossas sexualidades, que somos seres amados pelo que somos independentemente de orientação, cor ou religião”, afirma.
A cover da cantora, Ashley, acrescenta ainda que Britney é uma feminista. “Ela ‘libertou’ mulheres, homens e pessoas não-binárias por conta de sua autenticidade e ferocidade. Britney olha o mal nos olhos sem hesitação. Acredito que aprendi essa qualidade com ela.”
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Machismo e maternidade negada
Por muito tempo, Britney foi um alvo da imprensa mundial por se portar de uma forma não esperada para uma mulher. Frequentemente, ela era vista como uma pessoa “promíscua”, “obscena” e “imprópria”. Além do impacto em sua carreira, isso também interferiu em sua imagem como mãe.
Desde os acontecimentos de 2007, o pai Jamie Spears e o ex-marido de Britney, Kevin Federline, são os responsáveis pela guarda dos filhos da cantora: Sean Federline, 16, e Jayden James Federline, 15. Desde então, Britney não tem autorização para ver os adolescente a qualquer momento.
Mangabeira conta que, mais adiante na tutela, os filhos foram usados como forma de barganha para que a artista trabalhasse. “A turnê Circus, a primeira feita dentro da conservadoria, foi realizada por ela para, em troca, poder ver os filhos e sair da tutela, o que não aconteceu”, diz.
Ele acrescenta que existe a relação entre as crianças, Jamie e Kevin é cercada por machismo e até mesmo alienação parental. Isso porque a criação de Britney é muito mais julgada do que a recebida do avô e do pai.
“Ela era tachada como uma ‘péssima mãe da América’ simplesmente porque precisou fugir dos paparazzi e dirigir com o filho no colo. Ou porque tropeçou com o filho no colo e quase derrubou a criança. Enquanto o pai já postou uma foto em que as crianças estão perto de maconha e o avô é acusado de agredir as crianças”, contextualiza.
“É muito triste que os filhos estejam quase se tornando adultos e ela tenha perdido toda essa vivência com eles”, acrescenta Alan. Ashley concorda que se trata de uma situação dolorosa. “Britney sempre quis ser mãe e ela adora isso. Acho que a única coisa que ela deseja na vida é ser uma boa mãe. Posso me identificar com isso porque também sou mãe de uma menina de cinco anos”, diz.
Controle abusivo e privação de liberdade
A terapeuta Masilvia Diniz aponta que a tutela foi a forma mais drástica encontrada para manter a vida adulta de Britney sob controle, bem como suas escolhas profissionais, pessoais e sobre seu próprio corpo.
“As pessoas da sua rede de apoio proporcionaram um ambiente que invalidava suas escolhas. As sequelas emocionais deste processo podem ter afetado questões cognitivas, tais como, a forma como ela percebe a si própria, e consequentemente, como se relaciona com o mundo”, explica a terapeuta.
“Britney não podia fazer nada sem pedir autorização do pai. Ela precisava passar por batalhões de médicos simplesmente para ir até uma cafeteria”, aponta Servat. Mesmo sendo dona de uma fortuna avaliada em US$ 60 milhões, a cantora precisava pedir o próprio dinheiro para o pai. Ela também não podia escolher os próprios advogados.
A situação em que Britney estava só pode ser confirmada quando a própria cantora se pronunciou diante da juíza do caso, em 23 de junho. Ela afirmou que não estava feliz e que a tutela era abusiva.
Uma das declarações mais chocantes era o fato de que ela não poderia ter outros filhos, já que foi forçada a colocar um dispositivo intrauterino (DIU). “Tem um DIU em meu corpo que não me deixa ter um bebê, e meus tutores não me deixam ir ao médico para retirá-lo”, afirmou.
Em setembro deste ano, Alex Vlasov, um ex-funcionário da equipe de segurança de Britney, também contou ao jornal “The New York Times” que existiam grampos no quarto dela e que seu celular era espelhado em outro aparelho. Assim, era possível saber exatamente o que ela estava fazendo na internet ou qual era seu comportamento em ambientes íntimos.
“Estou traumatizada. Estive em negação e em choque, não consigo dormir. Tudo o que passei é desmoralizante. Nunca disse isso antes porque não pensei que alguém fosse acreditar em mim. Só quero minha vida de volta”, acrescentou a cantora na audiência.
Britney também era obrigada a tomar medicamentos que não precisava e que a deixava com movimentos mais lentos. Servat conta que conheceu Britney presencialmente três vezes em encontros Meet & Greet, em que o fã paga uma quantia para poder tirar uma foto e ter um breve contato com o artista. Em todos, ela já estava sob a tutela.
Ele conta que notou a diferença de humor e de comportamento. “O primeiro, em Las Vegas, foi especial porque fui o primeiro da fila e consegui falar com ela por um bom tempo. O segundo, em Birmingham, Reino Unido, ela quem pediu para fazer a foto. No último encontro, em Blackpool, ela estava bem estranha, com olhos lacrimejando”, lembra.
Servat analisa que, em todos os encontros, ela parecia dopada. “Senti que ela ficava muito tímida e nervosa. No meu primeiro Meet, a voz dela soava bem trêmula, porém doce. Hoje, nós sabemos que ela estava recebendo medicamento de forma ilegal”.
Em julho, Britney conseguiu trocar de advogado e passou a ser representada por Matthew Rosengart, que pediu que Jamie Spears fosse afastado da tutela, o que foi realizado em setembro. Posteriormente, Matthew solicitou a finalização da tutela de forma permanente.
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O que será do movimento #FreeBritney?
O #FreeBritney começou a se estruturar em 2017 após suspeitas primárias de que o pai Jamie Spears estava privando a liberdade de Britney e que o bem-estar da cantora estava comprometido. Diante da falta de contato com a cantora, essa análise era realizada, principalmente, pelas redes sociais.
Dois anos depois, o podcast “Britney’s Gram”, que especulava sobre o estado da cantora, recebeu uma mensagem de voz de uma das pessoas responsáveis juridicamente pelo processo da tutela, que indicava que Britney estava em risco. O movimento se fortaleceu cada vez mais na costa oeste, mas ainda era fraco na costa leste; algo que Servat mudou.
“Decidi juntar um grupo de amigos e fãs da cantora para promover o movimento desse lado do país. Fundamos os perfis @freebritneyflorida, o @freebritney305 e o @freebritneytampa, que conta com pessoas de todos os países, incluindo o @freebritneysaopaulo. Também falava sobre a tutela no meu podcast, chamado ‘Original Doll The Podcast’”, conta. Felipe acompanhou o processo de perto e estava nas ruas quando foi decretado o fim da conservadoria.
Para ele, o engajamento no caso de Britney é só o começo. Ao se envolver com o processo da cantora, os integrantes descobriram que existem cerca de 1,3 milhão de pessoas em tutelas abusivas e injustas nos Estados Unidos.
Hoje, os perfis administrados por seu grupo ajudam outras pessoas em situações similares a de Britney. “Conseguimos enxergar que há um buraco corrupto nesse sistema de conservadorias, em que os tutores realmente tiram vantagens de pessoas que não precisam”, diz.
Servat ressalta que o próprio advogado da cantora ressaltou que o #FreeBritney foi de extrema importância para acabar com a tutoria. Além disso, o movimento auxiliou na aprovação da Lei Britney Spears, que dá direito de escolha para que os conservados possam escolher seus próprios advogados.
“O #FreeBritney pode vir a ajudar muitas outras pessoas, não só na questão da liberdade pessoal, mas em uma investigação mais séria de como a justiça norte-americana tem lidado com a administração financeira das pessoas que são consideradas incapazes. Muita coisa pode ter sido desviada nesse processo e eu espero que essas coisas venham à tona”, complementa Mangabeira.
Liberdade da tutela X Vida e a obra de Britney Spears
Na audiência de 23 de junho, em que Britney se dirigiu ao júri pela primeira vez, a cantora deixou claro que, mesmo diante da tutela, era ela quem estava por trás da direção criativa de todos os seus shows.
“Isso significa que eu mesma ensinei minhas novas coreografias aos meus dançarinos. Eu levo tudo que faço muito a sério. Existem diversos vídeos em que eu apareço nos ensaios. Eu não era só boa, eu era ótima”, afirmou Britney na ocasião.
“Eu não deveria estar sob uma tutela se eu consigo trabalhar e prover para pagar a mim mesma e outras pessoas. Não faz nenhum sentido”, enfatizou a cantora.
Apesar disso, o controle de Britney também era mínimo em sua carreira. “Ela não tinha poder de escolher com quem trabalhar, gravar músicas ou até mesmo de escolher o repertório de seus próprios shows”, afirma Felipe. Portanto, a cantora deve ter a chance de se aproximar e tomar a frente dos caminhos que quer para o seu próprio trabalho.
Para Alan Mangabeira, Britney provavelmente deve rever e encerrar contratos para escolher quem deve gerenciá-la como empresa. Regravar canções ou lançar músicas que não tiveram a chance de serem divulgadas devido à tutela talvez sejam outras prioridades. “ Imagino que vamos ter um refluxo de conteúdo antigo”, diz.
Outras mudanças importantes estão relacionadas ao foco no bem-estar e na liberdade.Masilvia Diniz acredita que o fim da tutela significa que Britney terá a chance de recomeçar, seja na carreira ou na vida pessoal. Sem interferências de um conservador, ela será capaz de, finalmente, escolher a maneira como quer se colocar ao mundo e terá direito à total privacidade.
“A cantora deve começar a buscar uma vida que vale a pena ser vivida, e deverá levar em conta quais são os caminhos a serem percorridos. Isso inclui saber quem são as pessoas que estarão ao redor dela, o desenvolvimento do autocuidado em relação à saúde física e orientações diferentes dos profissionais que a acompanha”, pontua a terapeuta.
Mesmo com pouco tempo livre, é nítido que o fim da tutela tenha deixado Britney mais livre para se expressar e tomar ações por si própria. Fotos nuas, postagens em aviões e semblantes mais leves e mais felizes marcam o feed e os stories da diva no Instagram. Britney também ficou noiva do iraniano Sam Asghari, com quem tem um relacionamento há cinco anos.
Os fãs acreditam que Britney sai da tutela como uma mulher mais madura, apesar dos traumas, e agora deve focar em encontrar uma equipe que possa confiar e que realmente se importe com sua segurança, saúde e felicidade.
Até o momento, o produtor Bobby Campbell, amigo de Britney e responsável por Lady Gaga, é o nome mais apontado para auxiliar a cantora nessa nova fase.
Mangabeira espera que a cantora não se sinta obrigada a agradar aos fãs e à indústria. “Espero que as pessoas entendam que ela foi abusada por mais de uma década. Alguém que passa por isso volta ao mundo mais forte, mas aos pedaços e aos poucos. Ela deve ter total liberdade para retornar com a sua verdade, independente se as pessoas aceitem isso ou não”.
Já a cover Ashley não consegue prever mudanças na produção artística de Britney. Para ela, isso não importaF. “Quero que Britney esteja realizada no que ela decidir fazer. Seja na maternidade, crescendo sua família, escrevendo um livro, dançando ou cantando, vou apoiá-la. Ela merece finalmente assumir o controle de sua vida adulta.”
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