Anvisa diz que vacinas seguem eficazes contra internação e morte por Covid
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vacinas seguem eficazes mesmo após surgimento da variante Ômicron
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou nesta quarta-feira (1º) que as vacinas existentes contra a Covid-19 permanecem eficazes para evitar quadros graves da doença que levam à internação e à morte, após o surgimento da variante Ômicron do novo coronavírus.
Em nota, o órgão regulador disse que está em contato com os desenvolvedores de vacinas, que têm a obrigação de avaliar o impacto de novas variantes na eficácia dos imunizantes, e lembrou que os estudos neste sentido levam tempo.
A agência pediu ainda que a população se vacine contra a Covid-19 e mantenha medidas de prevenção, como uso de máscara e distanciamento.
“As vacinas atuais permanecem efetivas na prevenção contra a Covid-19 e desfechos clínicos graves, incluindo hospitalização e morte”, afirmou a Anvisa em comunicado.
“O momento é de cautela. A melhor coisa que a população pode fazer é ser vacinada ou receber o reforço do imunizante e manter as medidas de prevenção, como o uso de máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social.”
O órgão regulador disse ainda que mantém contato com agências internacionais correspondentes e que há expectativa de que, nas próximas semanas, sejam conhecidos dados sobre o impacto da Ômicron na eficácia das vacinas.
“A Anvisa mantém o compromisso de atuar juntamente com as autoridades internacionais e as empresas envolvidas para permitir que as atualizações nas vacinas, caso necessárias, sejam realizadas com agilidade, mantendo o perfil de qualidade, eficácia e segurança”, afirmou.
“A Anvisa está monitorando a situação e fará comunicados à população à medida que as informações forem apresentadas e avaliadas.”
Riscos da variante Ômicron
A Ômicron, que tem três casos confirmados no Brasil, tem gerado insegurança em todo o mundo. A comunidade científica teme que a grande quantidade de mutações na proteína spike dessa variante, parte do vírus responsável por infectar as células, possa significar um escape da imunidade induzida por vacinas.
Alguns fabricantes de imunizantes afirmam que embora seja possível que as vacinas existentes sejam menos eficazes contra a variante Ômicron, é provável que os imunizantes protejam os infectados pela nova variante contra quadros graves da Covid-19.
Especialistas sul-africanos afirmaram, até o momento, que os casos da Covid-19 provocados pela Ômicron foram amenos. Cientistas no geral alertam que existem muitas incertezas em torno da nova variante e são necessários estudos para responder questões como a eficácia das vacinas contra a variante.