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    Processo civil em NY: o que aconteceu durante o depoimento de Trump

    Argumentos finais do julgamento devem acontecer amanhã. Na sequência, júri se reunirá para decidir o valor que o ex-presidente deverá pagar à escritora E. Jean Carroll

    Gregory KriegLauren del ValleKara ScannellAllison Morrowda CNN

    Dois dias depois de dominar as primárias presidenciais do Partido Republicano em New Hampshire, Donald Trump testemunhou por menos de cinco minutos, na quinta-feira (25), em um tribunal federal de Manhattan, onde tentava evitar um veredito multimilionário do júri contra ele no processo por difamação iniciado pela escritora E. Jean Carroll.

    O julgamento é referente aos comentários de Trump em 2019 sobre a escritora que, no ano passado, obteve um veredito favorável sobre a sua alegação de que Trump a agrediu sexualmente em meados da década de 1990 e, depois, a difamou quando ela o acusou publicamente pela primeira vez. Carroll está buscando pelo menos US$ 10 milhões.

    As discussões finais estão marcadas para a manhã de sexta-feira (26) e o júri de nove pessoas poderá decidir o caso até a hora do almoço.

    Aqui está o que você deve saber a partir de quinta-feira:

    Trump testemunha: Depois de dias de insinuações sobre a presença do ex-presidente no tribunal, Trump esteve no banco das testemunhas por apenas alguns minutos na quinta-feira. As questões da defesa foram efetivamente pré-esclarecidas pelo juiz, uma vez que Trump não foi autorizado a contestar novamente o veredito do ano passado. Ele negou novamente que teria agredido Carroll sexualmente e disse que queria defender a si mesmo, sua família e a presidência.

    Trump faz papel de vítima: talvez mais interessante do que qualquer coisa que ele tenha dito no tribunal – antes ou durante o seu depoimento – foi a decisão de Trump de comparecer em primeiro lugar. Ele não foi obrigado pelo tribunal a falar ou a comparecer ao julgamento, onde câmeras não são permitidas, mas o fez repetidamente. A sua aparição na quinta-feira representou mais uma oportunidade, na opinião de Trump, para avançar a narrativa de que é vítima de uma ampla conspiração destinada a bloquear o seu retorno ao cargo e prejudicar a sua reputação pessoal e empresarial.

    Equipe de Trump ataca Carroll: A advogada de Trump, Alina Habba, procurou minar as alegações de Carroll de que sua segurança estava em risco como resultado das declarações depreciativas do ex-presidente sobre ela. Ao questionar Carol Martin, amiga de longa data de Carroll, uma ex-repórter de televisão, Habba apontou para textos em que Carroll escreveu a Martin que ela não tinha preocupações de segurança na época. As mensagens de texto são fundamentais para a estratégia da defesa de tentar mostrar que Carroll exagerou nas suas afirmações.

    Os advogados de Carroll reproduzem as fitas: os advogados de Carroll exibiram vídeos para o júri em que Trump atestava sua riqueza pessoal e outro em que o ex-presidente menosprezava Carroll e negava conhecer a escritora. Os advogados de Carroll também exibiram clipes de depoimentos anteriores e declarações de Trump à mídia nos quais ele menospreza Carroll como “doente”, ameaça processar seu advogado e reclama das “farsas” que foram feitas contra ele. “Isto é uma farsa”, disse Trump durante um depoimento sobre o mesmo caso em outubro de 2022. “Esta situação ridícula que estamos fazendo aqui mesmo. Ela é uma mentirosa e uma pessoa doente, na minha opinião, muito doente.”

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