“É muito importante que Brasil exija certificado de vacina”, cobra Soranz
Ao comunicar primeiro caso suspeito da Ômicron no Rio de Janeiro, secretário municipal de Saúde volta a pedir que Ministério da Saúde adote o passaporte da imunização
Após comunicar o primeiro caso suspeito da variante Ômicron na cidade do Rio de Janeiro, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, voltou a defender a importância de um maior controle sanitário na entrada de turistas no país.
“A gente não sabe, de fato, se essa variante surgiu na África. A gente já viu casos anteriores da variante sendo identificados na Europa. Então, o controle de fronteiras mais importante nesse momento é garantir que as pessoas que entrem no Brasil tenham feito testes e que essas pessoas também estejam completamente vacinadas. Esse é o nosso maior desafio. É muito importante que o Brasil exija o certificado de vacina das pessoas que entram no país. Isso vai fazer toda diferença no controle da Ômicron e também no controle das outras variantes”, argumentou o secretário.
Apesar do cenário epidemiológico da cidade estar controlado atualmente, segundo as autoridades em saúde, existe uma preocupação por causa da aproximação das festas de fim de ano. Por enquanto, o Réveillon está mantido.
“A gente tem um cenário epidemiológico hoje em que é cada vez mais raro encontrar um caso grave de Covid-19. Tudo vai ser avaliado agora constantemente para que a gente possa ter uma decisão fechada sobre o assunto. É uma avaliação diária. A Covid-19 é uma doença muito dinâmica e a gente vai avaliar diariamente se tem algum indicador que possa mudar o cenário epidemiológico”, apontou Soranz.
Por telefone, o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, também disse à CNN que acredita na importância de um maior controle nas entradas do país. Nesta quarta-feira (1), o comitê científico que assessora o governo se reuniu. Na pauta, a nova variante e a realização ou não do Réveillon com a ameaça da Ômicron. “Tudo será analisado dia a dia”, disse Chieppe.
Nessa terça-feira (30), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que o país avalia um pacote de medidas contra a nova variante, como a ampliação da testagem. Ele também admitiu que o passaporte da vacina é um dos possíveis critérios para tentar impedir a disseminação da Ômicron. No entanto, minimizou o poder da estratégia. “O passaporte da vacina não é um salvo conduto para garantir que o indivíduo não transmita o vírus”, afirmou Queiroga.
Enquanto as informações sobre a nova variante são escassas, no Rio de Janeiro, o apelo é pelo reforço na vacinação. “A princípio, ela [Ômicron] é sensível às vacinas que a gente tem atualmente. Então, não há nenhuma evidência que as vacinas não protejam para essa variante. É importante que a gente vacine o quanto antes. A vacina protege, evita óbitos e casos graves. A alta cobertura vacinal brasileira vai fazer toda a diferença contra a variante Ômicron”, concluiu Soranz.
Veja a vacinação contra Covid-19 pelo mundo:
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