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    Guedes defende avanço de privatizações mesmo sob “risco de perder apoio do centro”

    Ministro citou risco da Petrobras em meio à transição mundial para economias sustentáveis e o eleitor que votou no presidente Jair Bolsonaro por uma economia liberal

    Paulo Guedes
    Paulo Guedes Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

    Anna Russida CNN Brasília

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou a importância do avanço da agenda de privatizações. Entre os fatores de apoio para o programa de desestatização proposto pela equipe econômica no início do governo, ele citou o risco da Petrobras em meio à transição mundial para economias sustentáveis e o eleitor que votou no presidente Jair Bolsonaro por uma economia liberal.

    “Temos que avançar com o nosso programa, mesmo sob o risco de perder o apoio do centro. Se a gente não privatiza, não vende, as pessoas vão se perguntar porque votar. Para ficar tudo parado como sempre foi? Temos que seguir com nossa agenda”, argumentou em evento da Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, nesta quarta-feira (1º).

    “A Petrobras está sob risco: daqui a 10, 15 anos o mundo vai fazer a transição para fora do petróleo, vai embora com o carro elétrico e isso vai desaparecer”, completou.

    Novo ministério

    Guedes também voltou a defender que os recursos de privatizações, bem como os de venda de imóveis e recebíveis, sejam destinados ao fundo social de erradicação da pobreza. Segundo ele, o Estado brasileiro é a “maior imobiliária do planeta”.

    “O Estado brasileiro não pode ser rico com R$ 1,2 trilhão em propriedades imobiliárias. […] Ao mesmo tempo, temos R$ 800 bilhões das nossas estatais. Então, temos R$ 2 trilhões em ativos e o povo comendo ossos. Tem algo errado”, critcou.

    Nessa linha, o ministro afirmou que já está em conversa com o presidente Bolsonaro para que o próximo governo tenha um Ministério do Patrimônio da União. “O Estado tem R$ 4 trilhões: R$ 1 tri em imóveis, R$ 1 tri em estatais, R$ 2 tri em recebíveis. Uma fortuna incalculável e o povo miserável. Existe uma coisa chamada Fundo de Erradicação da Pobreza. Vamos chutar esses ativos pro fundo”, defendeu.