Após filiação, Bolsonaro começa a avaliar perfis para candidatura a vice
Escolha passa por uma consulta ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e ao presidente da Câmara, Arthur Lira
Após a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL, já começou o debate em seu entorno sobre o perfil ideal para o vice.
A escolha necessariamente, segundo fontes próximas ao presidente, passa por uma consulta ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e ao presidente da Câmara, Arthur Lira. O nome do ministro das Comunicações, Fabio Faria, desponta como um possível nome por ser jovem e do Nordeste, onde a rejeição ao presidente é a pior de todo o país.
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022 • CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT • Foto: Ricardo Stuckert
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O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez • FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência • Divulgação/Flickr Simone Tebet
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Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência • ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido • Marcello Casal Jr/Agência Bras
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Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018 • Romerito Pontes/Divulgação
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Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente • Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
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Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022 • Pedro Afonso de Paula/Divulgação
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Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022 • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB) • Reprodução Facebook
Mas aliados do presidente fora do Centrão têm defendido uma maior ampliação de possibilidades. O próprio Bolsonaro já disse a interlocutores que busca um vice com quem possa “tomar tubaína”, uma referência ao refrigerante que o presidente gosta. Uma alusão clara a um perfil de alguém que seja próximo a ele, já que a experiência com Hamilton Mourão não foi bem-sucedida tendo em vista o distanciamento deles.
Alguns de seus assessores têm alertado que um perfil político pode ser um risco, pois seria alguém com ambições políticas e que em um momento de intensa instabilidade poderia se virar contra ele. Algo como ocorreu com Dilma Rousseff e Michel Temer. Nesse sentido, alguns assessores têm-lhe sugerido perfis fora da política, como um evangélico ou até mesmo um militar.
A maior preocupação de Bolsonaro é com o ex-presidente Lula. Ele diz a aliados que não gostaria de perder a eleição para um nome da esquerda, campo político contra o qual sempre atuou. Bolsonaro diz a interlocutores que não acredita que alguma candidatura da terceira via deslanche.
Em razão disso, cresceu o debate no governo nos últimos dias sobre a necessidade de compor uma campanha digital como a de 2018 liderada pelo seu filho Carlos Bolsonaro com algo mais profissionalizado que possa aproveitar o tempo de televisão. Se sua coligação fechar com PP, PL e Republicanos, ele deverá ter 2 minutos e 18 segundos em cada bloco de 12 minutos e 30 segundos de tempo de televisão, apenas seis segundo a menos do que a campanha de Lula deverá ter: 2 minutos e 24 segundos.
Integrantes do governo consideram que a campanha será dura e já preveem corpos e caixões sendo exibidos no horário eleitoral gratuito, sendo necessário, portanto, algo bem estruturado para rebater os ataques e apresentar outras realizações do governo.