Reunião sobre restrição em aeroportos entre governo e Anvisa termina sem decisão
Foram suspensos voos de seis países africanos em 26 de novembro pelo governo brasileiro devido à virante Ômicron do coronavírus
A reunião entre o governo federal e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que ocorreu nesta terça-feira (30), sobre as restrições em aeroportos, devido à variante Ômicron do coronavírus, terminou por volta das 20h sem decisão.
Segundo fontes do Palácio do Planalto, a falta de uma decisão ocorreu em razão da falta de dados, em especial sobre Angola. O país africano, conforme antecipou a CNN, protestou contra a possibilidade de ser alvo de restrições.
O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, havia anunciado, em 26 de novembro, a suspensão de voos para de seis países do continente africano para o Brasil: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
Nogueira, à época, explicou que a decisão tomada em conjunto pela Casa Civil, Ministério da Infraestrutura, Ministério da Saúde e pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública seria para” resguardar os brasileiros nessa nova fase da pandemia naquele país”.
A Casa Civil divulgou uma nota sobre a reunião nesta terça-feira:
“Em reunião nesta terça-feira (30), no Palácio do Planalto, representantes da Casa Civil e dos ministérios da Saúde; Justiça e Segurança Pública; Infraestrutura; Relações Exteriores e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiram que há necessidade de mais esclarecimentos sobre a situação epidemiológica em Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia, em relação à nova variante do coronavírus, denominada Ômicron, antes da tomada de decisão sobre as restrições recomendadas em nota técnica da Anvisa”, afirma a nota.
A Anvisa informou ainda nessa terça-feira que serão enviadas para análise laboratorial confirmatória as amostras de dois brasileiros que, preliminarmente, apresentaram resultado laboratorial positivo para a variante Ômicron.
- 1 de 16
Posto de vacinação no Museu da República, no Catete, no Rio de Janeiro. Veja a vacinação contra a Covid-19 no Brasil e no mundo • Pedro Duran/CNN
- 2 de 16
Enfermeira mostra vacina contra a Covid-19 para mulher no Rio de Janeiro • Mario Tama/Getty Images
- 3 de 16
Enfermeira do SUS aplica vacina contra Covid-19 em homem em sua casa na Rocinha, no Rio, em uma das rondas frequentes que profissionais de saúde fazem na comunidade para imunizar pessoas que não querem ir ao posto • Mario Tama/Getty Images
-
- 4 de 16
Vacinação contra a Covid-19 em São Paulo • Reuters/Carla Carniel
- 5 de 16
Enfermeira na campanha de vacinação contra a Covid-19 na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro • Fernando Souza/picture alliance via Getty Images
- 6 de 16
Boris Johnson visita centro de vacinação contra a Covid-19 em Londres • Alberto Pezzali - WPA Pool/Getty Images
-
- 7 de 16
Japonesa faz triagem para ser vacinada contra Covid-19 • Stanislav Kogiku - 2.ago.2021/Pool Photo via AP
- 8 de 16
China vacina estudantes universitários contra a Covid-19 • Costfoto/Barcroft Media via Getty Images
- 9 de 16
Alguns países já fazem a vacinação de adolescentes contra a Covid-19 • Getty Images (FG Trade)
-
- 10 de 16
Enfermeira aplica vacina em Dhaka, Bangladesh, que pretende imunizar 10 milhões em uma semana • Maruf Rahman / Eyepix Group/Barcroft Media via Getty Images
- 11 de 16
Cidade de Aue-Bad Schlema, na Alemanha, distribui cachorros-quentes gratuitamente para quem apresentar o cartão de vacinação • Hendrik Schmidt/picture alliance via Getty Images
- 12 de 16
Vacinação contra Covid-19 em Nova Délhi, na Índia • Adnan Abidi/Reuters
-
- 13 de 16
Homem de 45 anos é vacinado em posto drive-in na cidade de Bhubaneswar, na Índia • STR/NurPhoto via Getty Images
- 14 de 16
Vacinação contra a Covid-19 em prisão em Harare, Zimbabwe • Tafadzwa Ufumeli/Getty Images
- 15 de 16
Vacinação contra a Covid-19 em Dakar, no Senegal • Fatma Esma Arslan/Anadolu Agency via Getty Images
-
- 16 de 16
Vacinação contra a Covid-19 em Bangcoc, Tailândia • Reuters/Athit Perawongmetha
A testagem foi feita em um passageiro vindo da África do Sul, que desembarcou no aeroporto de Guarulhos no dia 23, com resultado de exame RT-PCR negativo, com vistas a se preparar para a viagem de regresso à África do Sul, procurou o laboratório localizado no aeroporto no dia 25, para – já na companhia de sua esposa – realizar o teste de RT-PCR requerido para o retorno.
Leia a íntegra da nota da Casa Civil
Em reunião nesta terça-feira (30), no Palácio do Planalto, representantes da Casa Civil e dos ministérios da Saúde; Justiça e Segurança Pública; Infraestrutura; Relações Exteriores e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiram que há necessidade de mais esclarecimentos sobre a situação epidemiológica em Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia, em relação à nova variante do coronavírus, denominada Ômicron, antes da tomada de decisão sobre as restrições recomendadas em nota técnica da Anvisa.
O monitoramento da situação epidemiológica no mundo, em especial nos países com casos confirmados da nova variante, continuará sendo feito pelo Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, que coordena uma sala de situação para acompanhar a evolução da pandemia no Brasil e no mundo.
O Governo Federal também permanece atento a qualquer modificação no perfil epidemiológico junto aos estados, municípios e ao Distrito Federal, e seguirá atualizando as restrições excepcionais e temporárias de entrada no Brasil com base em estudos e pareceres técnicos de todos os órgãos envolvidos, respeitando os princípios da oportunidade, conveniência e precaução.