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    Cidade do Rio de Janeiro aumentará exigência de passaporte da vacina

    Prefeito Eduardo Paes diz que medida foi tomada pela ausência de restrições à entrada de estrangeiros não vacinados; festa de Réveillon é mantida

    Isabelle SalemePauline Almeidada CNN , No Rio de Janeiro

    O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse, nesta terça-feira (30), que o município vai aumentar a lista de estabelecimentos que cobrarão comprovante de vacinação.

    A decisão, segundo o prefeito, foi motivada pela ausência de um passaporte vacinal para a entrada no país. A ideia é dificultar a vinda do turista não vacinado.

    “É inaceitável que o Brasil não tenha exigido a comprovação de vacinação”, disse Paes, que mencionou Espanha e Portugal como países que estão fazendo esse tipo de exigência. “Não há nada demais nisso, não há problema nenhum, seria bom que o Brasil exigisse”, reclamou o prefeito.

    Ele disse à CNN na manhã desta terça que deu “total respaldo” ao secretário da Saúde Daniel Soranz para implementação da medida.

    Apesar de haver uma recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para endurecimento de regras nas fronteiras, o Ministério da Saúde ainda não se posicionou a favor do passaporte da vacina.

    A prefeitura carioca, assim como a de São Paulo, já enviaram ofícios à pasta pedindo medidas restritivas aos turistas não vacinados. A preocupação, também de especialistas em saúde, é que o Brasil se torne um destino procurado por estrangeiros que não receberam o imunizante.

    “Independentemente de ter Réveillon ou Carnaval, o Rio recebe muitos turistas, os hotéis estão cheios, a gente passar a exigir sim (comprovante de vacinação) para as pessoas saberem que aqui vai ser bem recebido turista que tiver sido vacinado”, avisou Paes.

    A recomendação de endurecer a cobrança do passaporte foi do Comitê Científico que assessora a prefeitura do Rio. Entre os setores que devem começar a pedir a comprovação de vacina, está o de hospedagem.

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    Festa de Réveillon mantida

    Eduardo Paes voltou a falar sobre a manutenção do planejamento da festa de Réveillon do Rio de Janeiro.

    Ele explicou que a situação epidemiológica da cidade é confortável, mas, em caso de necessidade, o evento que reúne milhões de pessoas principalmente na Praia de Copacabana, na zona sul, será cancelado.

    Paes disse que não vai “sair cancelando coisas” antes que estejam claras as necessidades. “Se for necessário fazer restrições, se o Comitê Científico da Prefeitura e as autoridades sanitárias disserem que tem que cancelar o Réveillon, o Carnaval, e que não pode ter isso ou aquilo, é óbvio que a gente não vai insistir nessa tese”, afirmou.

    De acordo com o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, a próxima reunião está marcada para o próximo dia 20 de dezembro. Sobre os contratos em vigor para a realização do evento, em caso de cancelamento, Paes disse que “é coisa que a gente vai ter que pensar depois.” Não há um prazo, portanto, para a definição.

    O esforço da Prefeitura, no momento, é no sentido de manter o cenário epidemiológico atual, com baixa taxa de transmissão e de números de internações e de casos da doença, além de aumentar a cobertura vacinal.

    Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 76,8% da população carioca estão imunizados com as duas doses. Existe uma expectativa de atingir 80% dos cariocas para garantir uma segurança maior.

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