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    Eduardo Leite sinaliza que não tem interesse em participar da campanha de Doria em 2022

    Derrotado pelo governador de SP nas prévias do PSDB, o governador do Rio Grande do Sul diz que Doria precisa de pessoas com melhor “sinergia” com ele

    Eduardo Leite
    Eduardo Leite Gustavo Mansur/Palácio Piratini

    Tainá Falcãoda CNN em São Paulo

    O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, sinalizou nesta terça-feira (30) que não tem interesse em participar da campanha de João Doria em 2022. Leite aponta diferenças políticas com ex-adversário, mas decisão depende ainda de diálogo entre os governadores e acertos internos com o partido.

    A resposta veio depois que o governador de São Paulo, escolhido pelas prévias do PSDB para disputar à Presidência, negou, em entrevista, que tenha convidado Leite para ser coordenador da campanha dele, em 2022.

    À reportagem da CNN, Eduardo Leite, sugeriu que algumas discordâncias com Doria devem deixá-lo distante da campanha do adversário.

    “Naturalmente, ele precisará se cercar de quem tenha melhor sinergia com ele”, respondeu.

     

     

    Apesar de negar ter feito convite a Leite, João Doria disse que o governador gaúcho terá espaço de protagonismo na campanha.

    Doria explicou que jamais chamaria Leite para coordenador de campanha porque precisa de alguém que esteja fisicamente próximo a ele.

    A conversa entre os correligionários ficou para próxima semana – quando Doria retornar de uma viagem aos Estados Unidos. Leite, no entanto, não demonstra muita disponibilidade em aceitar qualquer convite do governador paulista. E atribuiu a possível negativa a diferenças explicitadas na disputada pelas prévias.

    “Conversarei com ele possivelmente na próxima semana. Mas, pelo que as prévias indicaram temos – além de estilos diferentes – métodos de campanha bem distintos”.

    A resposta de Leite sinaliza uma ferida aberta no partido após as diversas trocas de farpas entre os dois candidatos durante as prévias.

    Apoiadores de Leite denunciaram o PSDB-SP por 92 prefeitos e vice-prefeitos do estado de São Paulo fora do prazo estabelecido pelo partido.

    A Executiva Nacional suspendeu a participação dos recém-filiados. Em contrapartida, na reta final da disputa, Eduardo Leite foi acusado de operar pelo governo federal para adiar a vacinação em SP, repassando por telefone, um apelo do ministro Luiz Ramos a Doria.

    A época, Leite admitiu o telefonema, mas disse que cumpriu a praxe e que havia dado razão a Doria para dar início a vacinação.