Lula conversa com presidente do Equador e oferece cooperação do Brasil em meio a crise no país
Segundo nota divulgada pelo Palácio do Planalto, os dois conversaram sobre enfrentamento ao narcotráfico e ao crime organizado no Equador
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou, nesta terça-feira (23), com o presidente do Equador, Daniel Noboa.
Segundo nota divulgada pelo Palácio do Planalto, os dois conversaram sobre o enfrentamento ao narcotráfico e ao crime organizado no país equatoriano.
“Lula se solidarizou com o presidente Noboa e indicou a disposição do Brasil em ajudar o Equador, inclusive por meio de ações de cooperação em inteligência e segurança”, diz o documento.
De acordo com o governo brasileiro, o petista ressaltou que a luta contra o crime organizado também é um desafio enfrentado pelo Brasil, e que o mesmo é “agravado pela porosidade e extensão das fronteiras terrestres e marítima do país”.
Ameripol
Durante a conversa, o presidente brasileiro pontuou que, atualmente, o Brasil integra a Secretaria Geral da Ameripol, organização composta por 13 países americanos e que foi criada para a cooperação internacional das polícias de Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Haiti, Honduras, Panamá, Paraguai, República Dominicana e Uruguai.
O órgão é similar à Polícia Internacional (Interpol).
“Ambos concordaram que os países sul-americanos devem estar unidos no combate ao crime organizado, que atinge a todos, e que o fortalecimento da integração regional é condição fundamental para a superação do problema. Ressaltaram, também, a necessidade de coordenação com países consumidores de drogas para o combate efetivo ao narcotráfico”, afirma o governo brasileiro.
Em 10 de janeiro, o Brasil colocou a Polícia Federal à disposição do governo do Equador em meio à onda de violência que assola o país.
A crise de segurança que atinge o país vizinho tomou novas proporções em 9 de janeiro, quando uma universidade em Guayaquil e uma emissora de TV local foram invadidas por homens armados com revólveres e bombas.
Em meio a esses ataques, um brasileiro chegou a ser sequestrado, mas foi solto no mesmo dia.
Os ataques foram desencadeados após a fuga do líder dos Los Choneros, Adolfo “Fito” Macias. A facção é uma das mais temidas do Equador.