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    Câmeras de transportes coletivo serão usadas na identificação de foragidos no RJ

    Monitoramento será nos trens, metrô e barcas, onde circulam cerca de 1 milhão de passageiros por dia

    Isabelle Salemeda CNN

    As mais de mil câmeras de monitoramento instaladas em transportes coletivos sob responsabilidade do governo do estado do Rio de Janeiro, como trens, metrô e barcas, passarão a ser utilizadas para identificação de foragidos da Justiça. O acordo para implementar o sistema de identificação facial da Polícia Militar nos modais públicos foi assinado pelo governador Cláudio Castro na última segunda-feira (22).

    Além disso, a CCR Via Lagos, que opera a Rodovia que liga a capital à região dos Lagos, também vai disponibilizar o acesso às câmeras presentes nas vias.

    A previsão é que o sistema entre em operação antes do Carnaval nos transportes públicos. A ideia é que, com a colaboração das concessionárias, haja a possibilidade de localizar criminosos foragidos, com mandados de prisão em aberto na Justiça; uma vez que as empresas atendem cerca de 1 milhão de pessoas por dia.

    “Essa integração de câmeras, de imagens, fará com que a gente possa melhorar não só a segurança pública, mas usar os equipamentos também no trânsito, no auxílio ao salvamento de pessoas, ou seja, em diversas perspectivas”, disse Castro.

    Como funcionará o sistema

    A tecnologia é baseada em inteligência artificial. As imagens serão transmitidas diretamente para o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), onde a equipe de fiscalização da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio (Agetransp) também atua.

    Para o conselheiro presidente da Agetransp, Adolfo Konder, o monitoramento vai proporcionar maior sensação de segurança também para os passageiros dos transportes públicos do Rio.

    Utilização do reconhecimento facial

    Desde o Réveillon, o videomonitoramento por reconhecimento facial vem sendo implementado pelo governo do Rio em vários pontos do estado, em especial na capital. No entanto, das prisões feitas, duas foram irregulares e os suspeitos foram liberados após serem detidos. Na ocasião, a Secretaria de Segurança Pública disse que as inconsistências do sistema podem ocorrer por uma questão de atualização do banco de dados.

    Atualmente, o governo do estado usa 112 câmeras espalhadas pela capital para realizar o monitoramento em tempo real. Agentes que trabalham no CICC monitoram as câmeras e acionam a equipe policial que está mais próxima ao alvo identificado.

    A comunicação entre os servidores é feita pela câmera acoplada no uniforme do policial que está na rua. Para a verificação da identidade, são utilizadas imagens dos bancos de dados da Polícia Civil e do Detran-RJ.

    Ainda segundo dados do governo, até o momento, já foram acopladas 12.719 câmeras portáteis nos uniformes dos policiais militares.

    Segundo o secretário de Estado da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Pires, o acordo vai contribuir para a melhor eficácia no policiamento ostensivo.

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