Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Ibovespa encerra em forte queda com Ômicron e preço do petróleo; dólar sobe

    Petróleo Brent recuou 11,55%, a US$ 72,72, nesta sexta-feira (26), enquanto o WTI caiu 13,04%, a US$ 68,17

    Artur NicoceliLigia Tuondo CNN Brasil Business* , São Paulo

    Temores em relação a uma nova variante do coronavírus possivelmente resistente a vacinas levam a semana a terminar com aversão ao risco no exterior. O Ibovespa encerrou o dia em queda de 3,39%, aos 102.224,26 pontos – sendo o menor patamar desde 6 de novembro de 2020 (100.925,11 pontos).

    Já o dólar avançou frente ao real e fechou a sessão com alta de 0,55%, cotado a R$ 5,596.

    A bolsa brasileira refletiu também a baixa no preço do petróleo, que teve a maior queda diária desde abril de 2020, com os investidores preocupados de que um superávit de oferta poderia aumentar no primeiro trimestre de 2022.

    Economistas do Citi disseram em nota nesta sexta-feira que a incerteza sobre a nova variante “veio para ficar pelas próximas semanas”, afirmando que isso é negativo para o desempenho de moedas de países emergentes e também para o principal índice brasileiro.

    O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, afirmou à CNN hoje (26) que há a possibilidade de a variante Ômicron já estar circulando no Brasil, embora, não tenha ocorrido a detecção efetiva de nenhum infectado.

    Moeda norte-americana

    O dólar chegou a saltar mais de 1% frente ao real na manhã de hoje, também acompanhando movimento internacional de aversão a risco em meio ao pânico de investidores com a descoberta da nova variante. Contudo, especialistas afirmaram à Reuters que a moeda fechou o pregão distante das máximas por conta da alta taxa de vacinação no Brasil.

    O Brasil já ultrapassou países como os EUA na parcela da população completamente vacinada contra a Covid-19, e, recentemente, a cidade mais populosa do país, São Paulo, afirmou que 100% de sua população adulta já concluiu a imunização.

    Na última sessão, a moeda norte-americana spot encerrou em queda de 0,51%, a R$ 5,565. No acumulado da semana, o dólar caiu 0,25%.

    Ômicron

    A linhagem B.1.1.529 do novo coronavírus foi classificada como variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (26). A decisão é fruto de uma reunião de urgência convocada pelo grupo de trabalho sobre a Covid-19 da OMS. No comunicado, a OMS também definiu o nome técnico da nova variante: Ômicron. O novo coronavírus foi identificado pela primeira vez em Botsuana, no sul da África.

    Fernando Spilki, pesquisador da Universidade Feevale, do Rio Grande do Sul, em entrevista à CNN, diz que “o que mais chama atenção é que a variante tem um número grande de mutações, são pelo menos 32″.

    “Essas mutações não querem dizer que tenhamos uma situação crítica. Precisamos testar, tanto in vitro quanto in vivo quais os efeitos desse acúmulo de mutações, é algo que precisa ser investigado”, acrescenta.

    Autoridades britânicas acreditam ainda que essa é a variante mais significativa até agora e correram para impor restrições de viagem ao sul da África, e Japão, República Tcheca e Itália fizeram o mesmo nesta sexta-feira.

    A União Europeia também disse que busca suspender as viagens áreas da região.

    Com isso, as empresas brasileiras ligadas a turismo e viagens foram as maiores quedas na B3 hoje. Veja abaixo os principais destaques da última sessão da semana:

    Maiores altas

    • Suzano (SUZB3) +0,15%
    • Taesa (TAEE11) +0,11%

    Maiores baixas

    • Azul (AZUL4) -14,18%
    • Gol (GOLL4) -11,81%
    • CVC (CVCB3) -11,06%
    • Méliuz (CASH3) -10,14%
    • PetroRio (PRIO3) -9,19%

    Cenário global

    As ações globais também despencaram com o preço do petróleo que ficou abaixo de US$ 80 o barril, com os investidores buscando a segurança de títulos, do iene e do franco suíço.

    • Petróleo Brent recuou 11,55%, a US$ 72,72 por barril;
    • Petróleo WTI caiu 13,04%, a US$ 68,17 por barril.

    Ao mesmo tempo, o chamado Índice do medo, o VIX, subiu mais de 52% com esses temores, atingindo o mesmo patamar de fevereiro de 2021, quando a pandemia aumentou e levou a novos lockdowns. O índice é usado para medir a volatilidade das opções de ações do S&P 500.

    O cenário pessimista favorece ainda os ativos considerados de proteção do valor investido em situações de crise, já que eles se valorizam ou variam pouco nesses cenários, caso do ouro.

    *Com informações da Reuters e Lucas Rocha da CNN

    Tópicos