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    BNDES vai mobilizar 83% do dinheiro de plano bilionário do governo Lula para a indústria

    Entre metas, Banco quer retomar exportação de serviços — modalidade que serviu, no passado, para levar adiante projetos como o porto de Mariel e metrô de Caracas

    Danilo Moliternoda CNN

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai mobilizar cerca de 83% dos recursos previstos no novo plano industrial do governo Lula. Estará na alçada da instituição em torno de R$ 250 bilhões dos R$ 300 bilhões.

    O Nova Indústria Brasil, que é anunciado pelo governo Lula nesta segunda-feira (22) em solenidade no Palácio do Planalto, prevê linhas de crédito e subsídios para viabilizar “seis missões” no setor.

    A instituição atuará em todos os quatro eixos do Plano: Mais Inovação, Mais Verde, Mais Exportação, Mais Produtividade.

    A retomada do papel de “indutor” do desenvolvimento econômico por parte do Banco é desejo público do presidente. Após ter protagonismo nos governos Lula e Dilma, os mecanismos de financiamento do Banco ficaram de lado nas gestões mais recentes.

    No eixo de exportação, o governo quer que o Banco volte a exportar serviços. A modalidade de crédito serviu para, no passado, levar adiante projetos como o porto de Mariel, em Cuba, e o metrô de Caracas, na Venezuela.

    “Nós precisamos aprovar no Congresso este PL. Nós perdemos a engenharia nacional. Se não exportamos serviços, não teremos competitividade e escala”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, na solenidade.

    Para inovação, o BNDES contribui com recursos do Programa Mais Inovação — que oferece crédito a condições de Taxa Referencial (TR) e subsídios — e do recém-criado Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT).

    No eixo verde, há aportes do novo Fundo Clima, considerado pelo governo o principal instrumento de financiamento para a descarbonização da indústria brasileira.

    Já para produtividade, o BNDES oferece linhas de crédito para  expansão de capacidade produtiva e aquisição de máquinas e equipamentos, operadas de forma direta e pelos agentes financeiros parceiros.

     

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