Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Confiança da construção cai 0,8 ponto em novembro, a 95,3 pontos, diz FGV

    Projeções para os próximos meses foram a responsável pela piora das previsões para o setor

    Iuri CorsiniThayana Araújoda CNN Rio de Janeiro

    O Índice de Confiança da Construção (ICST) apresentou a segunda queda consecutiva em novembro, com recuo de 0,8 ponto, para 95,3 pontos, em uma escala que vai de zero a 200 e tem em 100 seu ponto de neutralidade.

    Após cinco meses de altas consecutivas nas médias móveis trimestrais, o índice apresentou recuo de 0,3 ponto nessa comparação. Segundo a FGV, responsável pelo indicador, os números representam um cenário desafiador para as empresas já neste fim de ano.

    O resultado deste mês acontece em razão da piora das previsões para os próximos meses, explica a fundação, que atingiram o menor nível desde junho de 2021.

    A percepção sobre o momento, contudo, se mantém estável. Em números, o Índice de Situação Atual (ISA-CST), um dos componentes do indicador, se manteve estável em 92,0 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-CST), outro quesito, caiu 1,6 ponto e agora está em 98,7.

    Para Ana Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, o resultado do Índice de Expectativas teve grande influência do setor imobiliário.

    “Especialmente as empresas do segmento imobiliário ficaram mais pessimistas. A alta dos juros e a inflação estão preocupando o empresário. Assim, ficar abaixo do neutro mostra o quanto a mudança do cenário macroeconômico reverbera no setor”, afirmou a pesquisadora.

    A coordenadora ainda destacou que, em relação ao ISA, houve o que classifica como uma acomodação da percepção corrente dos negócios. No entanto, quando se observa o indicador de evolução da atividade, o ISA, o cenário “continua a mostrar uma percepção de crescimento, que reflete o que está em andamento”, avalia.

    Ao longo deste ano, a alta dos preços dos materiais de construção se tornou a maior barreira para a melhoria dos negócios das empresas do segmento.

    E essa alta, diz Castelo, deve ser repassada pelas empresas nos preços de seus produtos. Conforme divulgado pela FGV, cerca de 45,7% das empresas apontam a intenção de elevar seus preços, contra 1,9% que sinalizam diminuição.

    Custos

    O estudo traz ainda que 45,7% das empresas consultadas apontaram intenção de elevar seus preços nos próximos meses, diante do aumento do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) em 2021.

    Apenas 1,9% indicam diminuição dos preços.

     

    Tópicos