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    “Decisão de Réveillon e Carnaval em SP será da vigilância sanitária”, diz secretário

    Edson Aparecido também afirmou que "será difícil" a capital paulista desobrigar uso de máscaras antes do próximo dia 11

    Léo LopesLayane Serranoda CNNVinícius Tadeuda CNN* , em São Paulo

    O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou à CNN, nesta quinta-feira (25), que a decisão sobre a realização de grandes eventos na capital paulista nos próximos meses, como o Réveillon, Corrida de São Silvestre e Carnaval, ficará a cargo da vigilância sanitária.

    Em entrevista ao CNN Novo Dia, o secretário informou que a vigilância apresentará um novo estudo sobre o cenário epidemiológico em São Paulo no dia 5 de dezembro. Esse levantamento será importante para a tomada de decisão final em relação à realização do Réveillon e da São Silvestre.

    “O Carnaval será uma decisão a ser tomada um pouco mais para frente. Estamos esperando 15 milhões de pessoas no Carnaval, então é fundamental que a gente tenha segurança. A decisão se os eventos vão ocorrer ou não será dada pela vigilância sanitária”, disse Edson Aparecido.

    Esse estudo epidemiológico esperado para o próximo dia 5 também deve definir se a capital paulista vai adotar a desobrigação do uso de máscara em locais abertos, anunciada nesta quarta (24) pelo governo estadual.

    “O município já teve dois estudos levantando esses cenários, um em meados de outubro e outro em novembro. Ambos apontaram a necessidade de se continuar usando máscaras. A ideia é que o estudo de 5 de dezembro tenha um cenário de estabilidade e queda da pandemia para que a gente possa tomar a decisão [do desuso de máscaras]”, afirmou o secretário.

    Mas, mesmo torcendo por dados positivos, Edson Aparecido ponderou que o mês de dezembro é muito complexo porque há um aumento forte de movimentação em São Paulo por causa do comércio popular e das festas de final de ano.

    “Regiões populares, como a rua 25 de março, têm acesso muito grande de pessoas de todo o país. Ano passado, dezembro foi quando tivemos um recrudescimento da pandemia. Mesmo que os dados sejam positivos na avaliação do dia 5, será muito difícil São Paulo desobrigar as máscaras antes do dia 11”, declarou.

    Um das saídas para a manutenção do controle da pandemia na capital paulista é o avanço da vacinação em adolescentes. De acordo com o secretário, no momento 42% dos maiores de 12 anos em São Paulo estão com a segunda dose da vacina contra Covid-19 aplicada.

    A partir desta quinta (25), as escolas municipais e estaduais da capital terão equipes de saúde para realizar a vacinação. “Nós também abolimos a presença do acompanhante. Uma declaração autorizando a aplicação já possibilita o adolescente a ser vacinado na escola”, contou Edson Aparecido.

    A expectativa do secretário de Saúde da capital é de que na próxima semana, ou no máximo 10 dias, a cidade atinja 100% dos maiores de 12 anos vacinados.

    *Sob supervisão de Layane Serrano

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