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    Eleições 2022

    “Cultura de ódio está acabando com o país”, diz Pacheco

    Presidente do Senado mencionou "uso indiscriminado e indevido de meios digitais para atacar o outro"

    Raphael Coraccinida CNN , Em São Paulo

    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse, nesta quarta-feira (24), que a democracia brasileira precisa ser defendida e que existe uma cultura de ódio fomentada por ataques virtuais, enquanto problemas reais estão sendo deixados de lado.

    Segundo Pacheco, há “uma cultura de ódio que está acabando com o Brasil e precisamos conter” ao citar o “uso indiscriminado e indevido de meios digitais para atacar o outro. Isso não é fazer política”.

    Ele criticou ainda, de maneira indireta, as manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro, dizendo que agir contra a institucionalidade não reflete “amor ao Brasil”. Disse ainda que “não é colocando uma camisa da CBF” ou “sair xingando o STF ou a política brasileira” que os manifestantes ajudarão o país.

    Enquanto isso, segundo o senador, pautas reais estão sendo deixadas de lado, e citou problemas como inflação, desemprego, alta dos juros, violência, crise hídrica e energética. “Não conseguimos equilibrar valores se não houver um ambiente mínimo de pacificação nacional”, disse.

    Corrida presidencial

    Em tom duro, disse que “as eleições acontecerão” no ano que vem “embora alguns tenham sugerido que não houvesse, o que foi imediatamente repudiado pelo PSD, por mim e por todos do nosso partido”, falou Pacheco em mais uma crítica indireta ao presidente da República.

    Pacheco garantiu ainda que não é candidato à Presidência da República neste momento e se colocou como “soldado” para fazer do PSD um “grande partido nacional”. A preocupação maior, segundo o senador, “é ser presidente do Congresso Nacional”.

    “O Brasil não precisa neste momento de candidato à Presidência, como vários que se apresentaram”, afirmou. “Neste momento, o Brasil precisa de homens e mulheres cientes das suas responsabilidades para enfrentar problemas reais, como precatórios, bolsa família, responsabilidade fiscal e geração de empregos”, concluiu.

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