Fuja de golpes: veja 7 dicas para comprar com mais segurança na Black Friday
Evitar transações por Pix e conferir a reputação dos sites são algumas recomendações de especialistas
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A Black Friday está chegando e com ela a insegurança de cair em golpes e fraudes durante as compras online.
Agora em 2021, com a reabertura de lojas após a melhora no quadro da pandemia, e a consolidação do hábito das compras online nos últimos anos, podem levar a mais opções de ofertas atrativas, mas também a mais golpes, avalia o advogado do Idec Igor Marchetti.
Para comprar de forma mais consciente e segura, especialistas dão dicas para identificar os golpes mais comuns – como sites falsos – e evitar que a data seja sinônimo de problema.
1- Credibilidade
A credibilidade dos sites é uma das primeiras coisas que o consumidor deve prestar atenção. O Procon disponibiliza uma lista de endereços eletrônicos que não são confiáveis. Os consumidores podem verificar a lista antes de concluir uma compra.
Também é possível conferir a reputação da loja em que está comprando, como ela trata os clientes e a qualidade do produto por meio de um link fornecido pelo governo federal.
“Garanta que o site da loja que você está acessando é verdadeiro e não uma cópia fraudulenta. Observe se o endereço do site está escrito corretamente e confira se existe um cadeado em frente ao endereço do site na barra de endereços do navegador”, afirma Milene Fachini Jacob, head da área de fintechs do Baptista Luz Advogados.
2- Atenção
É muito comum que o usuário encontre promoções exageradas e links atrativos com preços inacreditavelmente baratos. O advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Igor Marchetti diz que é necessária atenção redobrada na hora da compra.
“Este ano, é preciso tomar cuidado com vendas por WhatsApp, pois muitos links com promoções enviados pelo aplicativo são, na verdade, captura de dados e fraudes”, avalia Marchetti.
O advogado também ressalta a importância de verificar se no site existe um canal de atendimento e, se for o caso positivo, analisar se o canal é o mesmo do da compra.
3- Forma de pagamento
Na hora de realizar o pagamento, os especialistas não recomendam métodos de transações instantâneas, por conta do alto risco de o consumidor não receber estorno em caso de golpes ou compras com valores mais altos do que o correto.
“Evite transações diretas. Apesar de ter uma facilidade maior, esse tipo de transferência torna o estorno mais complicado, diferente do cartão de crédito”, analisa Marchetti.
Milene Fachini diz que a forma mais segura de realizar pagamentos de compras online é por meio de um cartão de crédito virtual.
“Um ‘novo cartão’ é ativado no próprio aplicativo e, no geral, o número só fica disponível por determinado tempo, expirando em seguida. Alternativamente, a instituição emissora do cartão pode disponibilizar um cartão virtual recorrente, que pode ser bloqueado ou desabilitado, a pedido do cliente”, explica a advogada.
4- Pix
Os dois advogados mencionam que a utilização do Pix para os pagamentos na Black Friday 2021 podem não ser os mais adequados ao considerar o fator segurança. Por se tratar de transação instantânea, ela não pode ser revertida pelo cliente
“Neste caso, é muito importante conferir atentamente o CNPJ da loja ou CPF do vendedor e valores, cruzando-os com os da compra e do vendedor”, afirma Milene.
Vale ressaltar que a mesma premissa é válida para os pagamentos via boleto.
5- Wi-fi
Outra orientação importante é não utilizar wi-fi público no momento de efetuar uma transação financeira.
Segundo Michelle Fachini, “estas redes podem ser manipuladas por fraudadores para roubo de dados pessoais e bancários dos usuários que nela estão conectados”.
“A recomendação é que o usuário use o wi-fi público para pesquisar preços e sites, caso precise, mas finalize as compras usando uma rede particular”, completa a advogada.
6- Planeje
É recomendado sempre reavaliar os produtos antes de finalizar uma compra. O Idec chama a atenção para a reflexão sobre a necessidade de obter tal item, diante da série de obrigações que os brasileiros têm logo no início de 2022.
“Os preços podem até parecer tentadores, mas é importante se planejar para não complicar o orçamento com a Black Friday. Logo depois da data, chega a hora de pagar o IPTU, o IPVA, a matrícula escolar, o plano de saúde. E dessas contas não dá para se livrar”, diz a entidade.
Em razão disso, o Idec recomenda que o consumidor faça uma lista daquilo que ele realmente deseje ou precise para evitar gastos desnecessários que possam causar problemas no futuro.
7- Reclamações
No ano passado, foram registrados no Procon-SP mais de dois mil atendimentos relacionados à Black Friday. Deste total, 1.912 eram reclamações de “consumidores que enfrentaram problemas com as compras” e apenas 542 orientações sobre o assunto.
Segundo o Procon-SP, os principais aborrecimentos são: atraso ou não entrega; pedido cancelado após a finalização da compra; maquiagem de desconto (situação em que o desconto oferecido sobre o preço do produto não é real); serviço indisponível; mudança de preço ao finalizar a compra; produto entregue diferente do pedido, incompleto ou danificado.
O Procon-SP fará plantão de monitoramento e orientação entre as 18h de quinta (25) e as 22h de sexta-feira (26).
De acordo com o Procon e o Reclame Aqui, é importante ter provas em caso de problemas durante as compras. Por exemplo, tirar fotos (ou fazer um ‘print’) da tela do computador com o nome da loja, a data e o horário.
Isso serve como comprovação da irregularidade na hora da reclamação. Quem finalizou o pedido também deve guardar os comprovantes de pagamento e de compra concluída para se prevenir de possíveis falhas das empresas.