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    Polícia identifica 6 mortos no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo

    Delegado Bruno Cleuder deve ouvir nos próximos dias policiais que participaram da ação na comunidade

    Bruna Carvalhoda CNN , no Rio de Janeiro

    Policiais da Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá abriram uma investigação, nesta segunda-feira (22), para apurar a circunstância das mortes de oito pessoas no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. Segundo a Polícia Civil, até o momento seis corpos foram identificados. Todos foram retirados por moradores de uma área de manguezal, no interior da comunidade.

    Segundo o delegado Bruno Cleuder, titular da Delegacia de Homicídios, apenas um dos mortos não tem passagem pela polícia. As vítimas foram reconhecidas por familiares na comunidade. Segundo o delegado, a família de um dos mortos conversou com a polícias, mas ainda não apresentou a documentação necessária para confirmar a identificação.

    De acordo com o delegado, a maior parte dos mortes usavam roupas camufladas. Os ferimentos teriam sido provocados por armas de fogo, mas o delegado ainda vai aguardar a conclusão da perícia.

    A Polícia Civil vai ouvir nos próximos dias os policiais do 7º batalhão, em São Gonçalo, e os policiais do Bope, que participaram da ação.

    No início da tarde desta segunda-feira (22) carros da Defesa civil chegaram até a delegacia com os corpos removidos no local. Da sede policial eles seguiram para o IML de Tribobo.

    POLÍCIA MORTOS SÃO GONÇALO
    Carro da Defesa Civil em frente à Delegacia de Homicídios. / Bruna Carvalho / CNN

    A Defensoria Pública do Rio de Janeiro enviou uma equipe ao local e afirmou, em nota, que, segundo relatos, “os corpos foram encontrados horas depois de a Polícia Militar ter deixado o local, às 18h do domingo”. “Ainda segundo as escutas, o Bope estava em operação na comunidade desde sábado de manhã fazendo uma operação policial, após o sargento Leandro Rumbelsperger da Silva ser morto na comunidade”, diz o texto.

    “A Defensoria Pública aponta preocupação em não ter havido comunicação imediata por parte da Polícia Militar à Polícia Civil e ao Ministério Público da existência de corpos na comunidade. Além disso, não houve acautelamento do local, fundamental para a realização da perícia”, acrescenta a Defensoria.

    “É importante ressaltar também que houve descumprimento da decisão liminar da ADPF 635, pois a operação só foi comunicada no sábado à tarde, embora tenha começado de manhã. E, segundo a liminar, a operação precisa ser justificada imediatamente ao Ministério Público”, argumenta o órgão.

    “A Defensoria atendeu alguns familiares de pessoas mortas no local, oferecendo orientações jurídicas iniciais. A Defensoria está à disposição para auxiliar e atender todas as famílias, inclusive de pessoas da região que estejam desaparecidas. O telefone da Ouvidoria é 0800-282-2279”, informa ao final da nota.

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