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    Inep chama de “ilação” suposta interferência no Enem

    Instituto vinculado ao Ministério da Educação se manifestou em ação que tramita na Justiça Federal

    Basília Rodrigues

    O Inep respondeu à Justiça Federal de São Paulo que é ilação dizer que houve acesso de pessoas estranhas nos ambientes de preparação e impressão das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A suspeita veio à tona após a série de demissões no instituto, revelada pela CNN. O Inep afirma que no dia da prova haverá a presença de peritos da Polícia Federal, com conhecimento em logística e tecnologia da informação, no prédio do instituto, em Brasília.

    A manifestação foi encaminhada pelo Inep, na quinta-feira (18), à Vara Cível Federal de São Paulo. Nela, o instituto pede para a Justiça não aceitar a ação movida pela Defensoria Pública da União, que cobra do governo, no prazo de 24 horas, várias informações sobre a organização do Enem.

    O Inep argumenta que o envio das informações poderia contribuir para a produção de provas contra si, que poderiam ser utilizadas para fundamentar uma ação futura dos defensores públicos. “O que se constata é que a parte autora, partindo de meras ilações, pretende, sem qualquer justificativa, valer-se do expediente para instaurar verdadeiro inquérito judicial no caso concreto”, afirma o Inep.

    Entre os pedidos, a Defensoria tenta saber quais medidas foram e estão sendo adotadas para que a saída de servidores do Inep não atrapalhe o Enem; se houve acesso do conteúdo da prova por pessoas de fora do Inep e se houve exclusão, e por determinação de quem, de itens das provas.

    Em meio a muitas críticas, especialmente de servidores, o Inep tem evitado responder aos questionamentos da imprensa. À justiça, fez uma defesa do Enem, o que diz considerar “uma das políticas públicas mais importantes para a educação no Brasil”.

    O Inep afirma ainda que “ameaçar ou impedir a realização do exame, abalar a sua credibilidade, é retirar destes jovens a possibilidade de acesso a uma educação de qualidade e a um futuro melhor, com a necessária inserção no mercado de trabalho”, destaca.

    Demitidos

    Sobre a demissão de quase 40 coordenadores do Enem, o Inep evitou entrar em detalhes quanto às razões para a debandada. Mas afirmou na manifestação judicial que as demissões ainda não estão valendo porque não foram publicadas no Diário Oficial da União.

    De acordo com o governo, os demissionários fazem parte de um grupo de resposta a incidentes e crises na aplicação do Enem e que, apesar dos pedidos de dispensa, houve seleção de funcionários suficientes para trabalhar em escala de plantão nos preparativos e no dia das provas.

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