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    Prates: Brasil será autossuficiente em diesel automotivo

    Capacidade da Petrobras em fornecer o combustível ao mercado doméstico crescerá em até 40% com ampliação de refinaria Abreu e Lima; atualmente, cerca de um terço do diesel consumido no país é importado

    Fernando Nakagawada CNN , São Paulo

    O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, avalia que o anúncio da ampliação da capacidade de refino de Abreu e Lima anunciado nesta quarta-feira (17) vai culminar na autossuficiência de diesel automotivo no Brasil.

    Segundo Prates, a autossuficiência será alcançada como resultado de três movimentos diferentes:

    1. Ampliação da capacidade de refino em Abreu e Lima;
    2. Aumento do uso do diesel R, de origem vegetal, pela Petrobras e
    3. Gradual elevação da mistura de biodiesel no diesel vendido nos postos de combustível.

    “Assim, evidentemente, você ficará autossuficiente em diesel automotivo”, disse Prates à CNN.

    Atualmente, cerca de um terço do diesel consumido no Brasil é importado porque o país não tem capacidade de refino suficiente para atender a demanda nacional.

    Nesta quarta, a Petrobras anunciou a ampliação da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A capacidade de produção da estatal nessa instalação será ampliada em 13 milhões de litros diários do diesel tipo S10.

    Com isso, a capacidade da Petrobras em fornecer o combustível ao mercado doméstico crescerá em até 40%, segundo a empresa.

    O investimento faz parte do Plano Estratégico 2024-28 e também está previsto no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. O projeto está incluído no plano de negócios da estatal que já foi anunciado, e prevê US$ 17 bilhões em projetos de refino, transporte e comercialização.

    A expansão de Abreu e Lima deve gerar 30 mil empregos diretos e indiretos, segundo estimativa da Petrobras.

    Amanhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Petrobras participam da cerimônia de lançamento do projeto de expansão.

    A construção da refinaria pernambucana foi investigada pela Operação Lava Jato, que indicou o superfaturamento de contratos e o desvio de recursos da obra. O projeto foi concluído com valor muito superior ao inicialmente previsto.

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