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    Não houve tempo para mudar o Enem e alunos devem fazer a prova, diz especialista

    À CNN Rádio, Claudia Costin afirmou que teme pela perda de credibilidade do Inep e aumento da exclusão no ensino superior

    Amanda GarciaBel Camposda CNN

    Em entrevista à CNN Rádio nesta quinta-feira (18), a diretora do Centro de Políticas Educacionais da FGV e ex-Diretora de Educação do Banco Mundial, Claudia Costin, tranquilizou os estudantes a respeito do Enem deste ano.

    A prova, que acontecerá nos próximos dias 21 e 27, foi alvo de polêmicas após a debandada de servidores do Inep, órgão responsável pelo exame, sob a alegação de assédio moral, e a fala do presidente Jair Bolsonaro de que a prova, agora, teria “a cara do governo.”

    Claudia disse não temer o Enem “do ponto de vista de ideologização” e deixou um recado aos inscritos: “Não deixem de ir fazer o Enem, não houve tempo para modificar como o presidente anunciou.”

    Ela explica que há um banco de itens, das questões, selecionado com base em critérios técnicos elaborados por professores universitários e fiscalizado por servidores.

    No entanto, a especialista vê preocupação em duas frentes: a eventual perda de credibilidade do Inep e o baixo número de inscritos.

    A credibilidade, segundo ela, pode ser afetada devido a “um número tão grande de servidores teve desconforto a ponto de entregar seus cargos, em um órgão que tem prestígio internacional enorme.”

    “O baixíssimo número de inscritos, com escolas fechadas por tanto tempo, naquela que é uma das principais portas de entrada ao ensino superior, aumenta a exclusão e elitismo do ensino superior, é uma pena”, lamentou.

    Claudia Costin ainda defendeu o Inep: “Precisamos manter esse órgão blindado, protegido, de usos políticos.”

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