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    Protestos contra golpe militar no Sudão deixam ao menos 15 mortos, dizem médicos

    Número de vítimas é o maior em um dia desde o início das manifestações populares, em 25 de outubro, data da tomada de poder pelo Exército

    Khalid Abdelazizda Reuters

    Pelo menos 15 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas pelas forças de segurança do Sudão, após milhares saírem às ruas nesta quinta-feira (18) para manifestações contra o governo militar.

    O número é o maior já registrado até agora em um dia de protestos contra o golpe de Estado, em 25 de outubro, quando o então primeiro-ministro Abdalla Hamdok e outros membros do governo foram presos pelo Exército do país. A ação foi condenada pela comunidade internacional.

    Nas três maiores cidades sudanesas – Omdurmam, a capital Cartum e em Cartum do Norte – manifestantes exigiam a devolução do poder às autoridades civis e a prisão dos líderes golpistas.

    Segundo testemunhas, as forças de segurança atiraram contra os civis e utilizaram gás lacrimogênio para dispersar as multidões. O sinal da rede de telefones também foi suspenso. De acordo com a TV estatal, havia feridos entre manifestantes e policiais.

    “As forças golpistas usaram munição real em diferentes áreas da capital e há dezenas de baleados, com alguns em estado grave”, afirmou o Comitê Central de Médicos Sudaneses, grupo que se aliou aos opositores do governo. Ainda segundo o Comitê, a maior parte das mortes ocorreu em Cartum do Norte.

    À Reuters, um manifestante afirmou que as pessoas estão “aterrorizadas”. Como resposta, barricadas foram construídas e o tráfego nas ruas acabou esvaziado.

    Em uma das principais ruas de Cartum, militantes queimaram pneus e gritaram palavras de ordem como “o povo é mais forte, recuar é impossível”.

    Imagens de protestos em outras cidades como Port Sudan, Kassala, Dongola, Wad Madani e Geneina também circularam nas redes sociais.

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