Após vitória nas prévias em Iowa, Trump vai a tribunal para segundo julgamento de difamação
Escritora E. Jean Carroll pede ao menos US$ 10 milhões (R$ 49 milhões) em indenização contra o ex-presidente
Logo após a vitória nas convenções do partido Republicano em Iowa, Donald Trump compareceu a um tribunal de Nova York nesta terça-feira (16) para se defender pela segunda vez de acusações de que difamou a escritora E. Jean Carroll, que disse que o ex-presidente a estuprou décadas atrás.
Trump assistiu da mesa dos réus aos seus advogados discutindo com o juiz federal Lewis Kaplan sobre as regras básicas de um caso civil, enquanto ele busca a indicação do partido Republicano para disputar a eleição presidencial de 2024.
O empresário se sentou duas mesas atrás de Carroll, que o acusa de tê-la difamado em 2019 ao negar que a atacou em uma loja de departamentos Bergdorf Goodman em Manhattan. Carroll, de 80 anos, pede ao menos US$ 10 milhões (R$ 49 milhões) em indenização.
O juiz Lewis Kaplan afirmou aos possíveis jurados que eles terão que considerar apenas quanto Trump deve pagar a Carroll em indenização, e não se o suposto ataque aconteceu ou se Trump mentiu sobre o caso. Ele ressaltou que o julgamento deve durar de três a cinco dias.
Donald Trump, de 77 anos, tem afirmado que quer depor no julgamento.
Uma de várias batalhas judiciais
O ex-presidente pode passar grande parte deste ano alternando entre comícios de campanha e tribunais, enquanto tenta conquistar a nomeação para disputar as eleições presidenciais dos EUA de 2024 pelo partido Republicano.
Trump venceu a primeira disputa estadual do partido, em Iowa, na segunda-feira (15), por ampla margem, e as pesquisas de opinião o colocam na liderança para a próxima etapa, em New Hampshire, daqui a uma semana.
Ele se declarou inocente em quatro casos criminais que podem colocá-lo na prisão antes da eleição presidencial, em novembro, incluindo dois sobre supostamente ter tentado reverter a derrota no pleito de 2020 para o democrata Joe Biden. Trump também é réu em ao menos dois casos civis.
O empresário tem se apresentado como vítima de perseguição política. Nesta terça-feira (16), ele alegou que Kaplan deveria arquivar o caso.