Vídeo mostra policial agredindo homem durante abordagem em São Paulo
Vítima registrou boletim de ocorrência após receber ordem de parada e levar coronhada do PM
Um homem de 35 anos registrou boletim de ocorrência após relatar ter sido agredido por um policial militar na zona leste da capital paulista. O caso aconteceu no dia 8 de janeiro, na rua Olímpia Montani, bairro Cidade Tiradentes, mas só veio a público na tarde desta segunda-feira (15).
Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento que o homem recebe a ordem de parada de uma viatura da PM. O agente sai do carro, dá a coronhada no homem, retorna para o veículo e deixa o local. A ação durou 22 segundos. Veja o vídeo:
A vítima, que prefere não se identificar, relatou à CNN que, ainda na esquina da rua Olímpia Montani, percebeu a viatura dando ordem para ele parar. Ao encostar, ouviu o PM ordenando que ele colocasse a mão na cabeça, e antes que pudesse obedecer, levou o golpe perto do olho.
“Na mesma hora fiquei tonto. Quando olhei para o lado, ele (o policial) já não estava. Fui até o batalhão e me mandaram para o hospital. A delegacia estava fechada e eu só consegui registrar o boletim de ocorrência na quarta (09) porque meu olho estava muito ruim, não conseguia enxergar nada”, relatou.
Willy Fontenelle Marinato, advogado de defesa, informou ele seguia as ordens durante a abordagem de rotina, atacado sem motivo.
“Estamos tomando todas as providências legais para garantir o ato não fique impune”, disse à CNN.
O caso foi registrado no 49° DP de São Mateus como lesão corporal. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que abriu um inquérito para apurar todas as circunstâncias do caso.
Nota – SSP/SP
A Polícia Militar apura todas as circunstâncias relativas aos fatos citados por meio de Inquérito Policial Militar (IPM). O caso foi registrado na última quinta-feira (11), como lesão corporal no 49° DP (São Mateus). Na ocasião, a vítima, um homem de 35 anos, relatou ter sido agredido por um PM em uma abordagem. Por se tratar de um crime de ação penal pública condicionada, o homem foi orientado quanto ao prazo de seis meses para representação criminal e prosseguimento das investigações, o que ainda não foi feito.