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    “Pix certamente ainda não atingiu todo o seu potencial”, afirma presidente do BC

    Em evento para comemorar o aniversário de 1 ano do sistema de pagamentos, Roberto Campos Neto citou novas funcionalidades que devem ser lançadas

    João Pedro Malardo CNN Brasil Business , em São Paulo

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (16) que o Pix, apesar da alta adesão da população ao sistema de pagamentos instantâneos, ainda não atingiu todo o seu potencial, e deve ganhar novas funcionalidades no curto e médio prazo.

    “O Pix certamente ainda não atingiu todo o seu potencial”, disse Campos Neto em uma mensagem gravada durante o evento (R)evolução Pix, que comemorou o aniversário de 1 ano da ferramenta. Entre as potencialidades que ainda podem ser melhor aproveitadas, ele citou o uso de QR Code para as transações, que segundo ele depende de uma melhor assimilação da tecnologia pelos usuários.

    Campos Neto também citou a disponibilização de novas funcionalidades para o público. O Pix Saque e o Pix Troco, voltados para estabelecimentos comerciais, devem ser lançados em 29 de novembro, e segundo Campos Neto devem “aumentar a eficiência” em processos de compra, em especial no e-commerce.

    “Nossas expectativas eram altas, porque estávamos seguros de que as características do Pix vinham ao encontro de muitas lacunas existentes nos instrumentos de pagamento disponíveis até então”, afirmou Campos Neto. Para ele, “a realidade superou as expectativas”, com uma alta adesão entre os brasileiros e um aumento do uso mês após mês.

    Campos Neto afirmou ainda que o Brasil é o país com a adoção mais rápida no mundo de um meio de pagamento instantâneo, considerando o número de transações per capita.

    Durante o evento, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, disse que o Brasil tem cerca de 30 transações per capita, atrás de apenas dois países. “É difícil estabelecer uma meta quantitativa, mas se o Pix tivesse alcançado a adoção tão rápida quanto a da China já seria um sucesso estrondoso, e nós temos muito mais que o triplo aqui até agora”.

    Ele também afirmou que, em outubro de 2021, o Pix registrou 1,2 bilhão de transações, se aproximando do volume das transações via cartão de débito. Em um ano, foram 7 bilhões de transações, com um recorde de 50 milhões em 5 de novembro. Até o momento 104,4 milhões de pessoas já usaram o Pix, correspondendo a 62,4% da população adulta, e 7,9 milhões de empresas já aderiram ao sistema.

    “O Pix já supera meios tradicionais, como transferências interbancárias, TED, DOC, ficando atrás apenas de cartão de débito, crédito e convênio de arrecadação”, disse o presidente do Banco Central. Para ele, o Pix trouxe mais praticidade e segurança para a população, reduzindo custos e trazendo oportunidades para empresas.

    “Ele faz frente ao contexto de digitalização de negócios, amplia a eficiência do mercado e é um importante vetor para a inclusão financeira”, disse. Ele citou algumas novidades que o Pix já recebeu, como os pagamentos com vencimento, agendamento de transações e melhorias de usabilidade.

    O presidente citou, ainda, novos mecanismos de proteção para os usuários, como o bloqueio cautelar e o mecanismo de devolução. As mudanças vieram após uma alta em crimes envolvendo o uso do Pix para realizar transações.

    Campos Neto afirmou que novas funcionalidades estão previstas para os próximos anos, incluindo a possibilidade de realizar pagamentos sem conectividade com a internet e, no médio prazo, a interligação com outros sistemas de pagamentos instantâneos, incluindo em outros países. “Continuamos trabalhando firme para avançar e evoluir cada vez mais”, afirmou.

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