Ricardo Baronovsky: Prova de vestibular é regida pelo princípio da impessoalidade
No quadro Liberdade de Opinião desta terça-feira (16), o comentarista disse que conteúdos de cunho ideológico não devem fazer parte do Enem e de concursos públicos
No quadro Liberdade de Opinião desta terça-feira (16), o comentarista Ricardo Baronovsky avaliou a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a respeito do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em uma declaração na segunda-feira (15) sobre a crise no Inep, Bolsonaro teria dito que a prova “começa agora a ter a cara do governo”.
“Seja qual for o processo seletivo, seja qual for o vestibular, prova de concurso, ele é regido pelo princípio da impessoalidade. Não falo desse governo, não falo do governo anterior. A gente tem que ter em mente que seja qual for o governo, ele é temporário, ele é passageiro. O que fica é a educação.”
“Não há rosto nesta prova. Não me interessa quem fez o concurso. Não me interessa quem fez o Exame Nacional, o que me interessa é se ele está fiel ao que se encontra nos manuais. A prova deve ser objetiva, técnica, neutra, não deve ter carga ideológica seja qual for.”
“Não me interessa as idiossincrasias ou opiniões do examinador, mesmo porque estaria violando a regra do jogo. O que eu devo estudar? O livro ou a cabeça do examinador? Imagina então estes jovens, no final da adolescência, de 17, 18 anos, prestando um exame sem nenhuma segurança jurídica? Seja no governo passado, seja no atual, a elaboração da prova, bem como a sua correção deve se pautar por critérios impessoais.”
O Liberdade de Opinião teve a participação de Thiago Anastácio e Ricardo Baronovsky. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.