Ministério da Saúde discute estratégia para distribuição de vacina contra Dengue
Brasil receberá pouco mais de 5 milhões de doses em 2024
O Ministério da Saúde discute nesta segunda-feira (15) as estratégias para a distribuição e aplicação da vacina contra a dengue em todo o território nacional. O imunizante foi incorporado no Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro de 2023, tornando o Brasil o primeiro país do mundo a oferecê-lo no sistema público universal.
A vacina, porém, não é produzido em larga escala e necessita de duas doses para a proteção total. Segundo o laboratório produtor da vacina, a previsão é que sejam entregues 5,082 milhões de doses em 2024, entre fevereiro e novembro. Por isso, a distribuição deve ser focada em públicos e regiões prioritárias.
A reunião da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), responsável por traçar as estratégias da imunização, conta com representantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Ministério da Saúde, pesquisadores e membros dos Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems).
A previsão é que o encontro acabe por volta das 18h desta segunda.
O debate da vacina contra a dengue vem num contexto de projeção do aumento de casos da doença no início do ano em função da combinação entre calor e chuva e pelo ressurgimento recente do sorotipo 3 do vírus no Brasil.
Em dezembro, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina contra dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS) e, à época, a pasta informou que haveria uma reunião da CTAI para definir as estratégias de vacinação nas primeiras semanas de janeiro, o que acontece agora.
Além da vacinação, o Ministério da Saúde reforçou ações de vigilância sanitária com R$ 256 milhões. As verbas serão destinadas às secretarias estaduais e municipais de saúde para compras de testes, remédios e equipamentos. Os investimentos serão focados no fortalecimento das ações de vigilância e contenção do mosquito Aedes aegypti.
O ministério também vai instalar a Sala Nacional de Arboviroses, espaço permanente para monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência de dengue, chikungunya e zika. A ideia, segundo a pasta, é preparar o Brasil para uma alta de casos dessas doenças nos próximos meses.
Segundo dados do Ministério da Saúde, ao longo de todo o ano de 2023 foram notificados 1.658.816 casos da doença e 1.094 óbitos em decorrência da dengue.